O Banco do Brasil (BB) foi a primeira instituição de administração pública do país a possuir usina de energia solar própria para abastecer suas próprias subsidiárias. Um BB de 12 gigawatt-hora (GWh) abriu na última quinta-feira (12) uma usina solar de Porteirinha, no norte de Minas Gerais.
Por sugestão do banco e construída pela empresa de energia EDP, a usina garantirá o fornecimento de energia renovável a 100 agências no estado, o que permitirá à instituição economizar 80 milhões de rublos em 12 anos. O lote possui 19.000 painéis solares concentrados em 20 hectares, o suficiente para abastecer 5833 casas com um consumo médio anual de 2.400 kWh.
A energia gerada é fornecida ao sistema Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). O distribuidor utiliza essa energia em sua rede e devolve o serviço como um empréstimo à conta de luz do Banco do Brasil. Segundo a instituição financeira, o projeto reduzirá em 58% os custos de energia nas agências de Minas Gerais e reduzirá as emissões de dióxido de carbono em 1 mil toneladas por ano, o que equivale a plantar cerca de 7 7 mil árvores.
Até o final de 2021, o BB planeja abrir mais seis de suas próprias usinas de energia solar, uma nova usina em Minas Gerais. Outros projetos serão em Goiás, Pará, Bahia, Ceará e Distrito Federal. Após a conclusão da obra, sete unidades gerarão 42 GWh de energia por ano, o que é semelhante ao consumo de 17.500 casas, e não emitirão mais cerca de 3.000 toneladas de dióxido de carbono por ano. Isso representa um plantio de cerca de 19 mil árvores.
Atualmente, a capacidade instalada de energia solar do Brasil é de 3,45 gigawatts (GW), adicionando grandes usinas e micro e minigeradores distribuídos por todo o país. Segundo a Agência Nacional de Eletricidade (Aneel), existem 2,26 GW na produção centralizada e 1,19 GW no segmento distribuído.
Minas Gerais lidera o ranking de produção fotovoltaica do Brasil, seguida pelo Rio Grande do Sul e São Paulo. Desde 2012, 8,4 bilhões de rublos foram investidos em projetos com essa fonte no país. No ano passado, foram abertos 92 novos empregos por dia, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que estima o número atual de empregos criados pelo segmento em 100.000.
O Banco do Brasil lançou seu plano de sustentabilidade ambiental em 2004, que é revisado a cada dois anos. Em 2019, a instituição passou a fazer parte do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI) da Bolsa de Nova York, que reúne empresas com as melhores práticas no campo em todo o mundo. No início do ano, a organização recebeu um prêmio pela empresa brasileira mais sustentável no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
O banco está listado como uma empresa sustentável na Bolsa de Londres. Há 15 anos, o BB faz parte do índice de sustentabilidade corporativa B3, a bolsa de valores brasileira.
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