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Transporte de petróleo brasileiro: China investe em navio-tanque próprio para facilitar logística

Após aumento da produção de petróleo no RJ, China desenvolveu um navio-tanque especializado para transportar o petróleo brasileiro.

by Marcelo Santos
Transporte de petróleo brasileiro China investe em navio-tanque próprio para facilitar logística

Com o aumento da produção de petróleo nos campos de Búzios e Mero, localizados no Rio de Janeiro, a China desenvolveu um navio-tanque especializado para transportar o petróleo brasileiro. A embarcação de transporte de petróleo denominada NS Pioneer foi entregue em março e pertence à empresa chinesa CNOOC Petrochemicals Import & Export Co., Ltd.

Navio chinês conta com sistema de emissão de carbono reduzido

Além de sua tecnologia avançada, o navio-tanque chinês de transporte de petróleo também possui um sistema de emissão de carbono reduzido, que pode diminuir em quase 7 mil toneladas a emissão de dióxido de carbono por ano. Essa característica é especialmente importante no contexto atual, em que a preservação do meio ambiente é uma questão prioritária.

O transporte de petróleo é uma atividade essencial para a economia brasileira e o NS Pioneer representa um avanço significativo na capacidade da China de transportar petróleo brasileiro com eficiência e segurança. Com essa embarcação, a China fortalece sua posição como um importante parceiro comercial do Brasil e como uma potência naval capaz de operar em águas profundas.

Conheça o NS Pioneer

O NS Pioneer, um gigantesco navio-tanque especialmente projetado para o transporte de petróleo brasileiro, tem uma capacidade de carga de até 155 mil toneladas. Equipado com sistemas avançados de posicionamento dinâmico e carregamento de proa, consegue operar em profundidades superiores a mil metros.

A construção do navio foi realizada pela Dalian Shipbuilding Industry Co., Ltd, que afirma que ele pode manter sua posição no mar sem a necessidade de ancoragem, eliminando assim as limitações impostas pelo comprimento das âncoras.

Relações comerciais entre Brasil e China

Recentemente, o governo brasileiro anunciou um acordo com a China para realizar transações comerciais diretamente entre o real e o renminbi, sem a necessidade do dólar americano como intermediário. É importante ressaltar que, embora seja frequentemente referida como yuan, a moeda chinesa é oficialmente denominada renminbi, sendo que yuan é utilizado como unidade de contabilização monetária.

Durante a visita de uma delegação de empresários brasileiros à China, a subsidiária do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) no Brasil foi autorizada a atuar como “clearing house”, permitindo a compensação direta de renminbi para o real.

Lula fala sobre acordo

O Presidente Lula manifestou o desejo de avançar além do acordo firmado com a China e propôs a criação de uma moeda própria para o banco do Brics, com o intuito de financiar as relações comerciais entre os países membros, como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Durante sua visita a Xangai, Lula sugeriu a possibilidade de estabelecer uma moeda capaz de promover a integração econômica entre os países do Brics. Em janeiro, durante sua visita à Buenos Aires, ele já havia mencionado a criação de uma unidade de troca comum para transações comerciais e financeiras entre Brasil e Argentina.

Moeda comum com a Argentina

Em janeiro deste ano, o presidente Lula defendeu a discussão com a Argentina sobre a possibilidade de criação de uma moeda comum entre os dois países. A declaração ocorreu após uma reunião com o presidente argentino, Alberto Fernández, e teve como objetivo facilitar o comércio entre as nações.

Segundo Lula, a utilização da moeda dos países parceiros seria uma forma de diminuir a dependência do dólar. O presidente também mencionou a possibilidade de criar uma moeda comum para todos os países da América no futuro.

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