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TotalEnergies investe no futuro energético e adquire mais dois blocos offshore

TotalEnergies aumenta sua presença no Suriname com Contratos de Compartilhamento de Produção para dois blocos offshore.

by Marcelo Santos
TotalEnergies investe no futuro energético e adquire mais dois blocos offshore

A TotalEnergies, gigante francesa de energia, expandiu suas operações no Suriname ao assinar Contratos de Compartilhamento de Produção (PSCs) para dois blocos offshore. Esses contratos foram concedidos após uma bem-sucedida rodada de licitação, na qual a Chevron e um consórcio composto pela TotalEnergies e QatarEnergy garantiram direitos de exploração nos blocos de águas rasas do Suriname.

Expansão das operações no Suriname

A TotalEnergies e a QatarEnergy foram as vencedoras na Rodada de Licitação de Águas Rasas do Suriname 2020/2021, adquirindo interesses nos Blocos offshore 6 e 8. A Chevron também assegurou uma participação no Bloco 5. Com base nessas licitações bem-sucedidas, a TotalEnergies confirmou a assinatura dos PSCs com a empresa estatal de petróleo do Suriname, a Staatsolie Maatschappij Suriname (Staatsolie), para os Blocos 6 e 8.

Conforme o acordo, a TotalEnergies operará ambos os blocos offshore com uma participação de 40%, enquanto a QatarEnergy detém 20% e a Paradise Oil Company (POC), subsidiária da Staatsolie, possui os 40% restantes.

Fortalecendo a parceria estratégica

A assinatura dos PSCs marca a ampliação do papel da TotalEnergies como operadora no Suriname, uma bacia promissora e em desenvolvimento, com significativos recursos de petróleo de baixo custo e baixa emissão. Esse marco também representa a entrada da QatarEnergy no mercado surinamês, fortalecendo ainda mais sua parceria estratégica internacional com a TotalEnergies.

Os Blocos 6 e 8 estão localizados na parte sul da costa do Suriname, adjacentes ao Bloco 58, operado pela TotalEnergies. Esses blocos de águas rasas, situados em profundidades que variam de 30 a 50 metros, estão próximos à fronteira com a Guiana. O Bloco 58 já registrou múltiplas descobertas, e atividades de perfuração de avaliação estão em andamento, aumentando o potencial para estabelecer um polo de desenvolvimento de petróleo.

Progresso no bloco 58

A TotalEnergies, em colaboração com a APA Corporation, concluiu a perfuração e os testes de fluxo em um poço de avaliação no Bloco 58 em fevereiro de 2023. Os resultados foram promissores, com a descoberta de petróleo e a identificação de potencial adicional de recursos.

Outras notícias da TotalEnergies

Segundo fontes familiarizadas com o assunto, a Sinopec e a TotalEnergies estão entre as empresas em negociações para investir no desenvolvimento do campo de gás Jafurah, na Arábia Saudita. O país tem em vista explorar uma das maiores reservas de gás inexploradas do mundo.

As gigantes de energia chinesa e francesa estão em discussões separadas com a Saudi Aramco sobre os planos, que podem incluir a construção de instalações para exportar o gás como gás natural liquefeito (GNL). As negociações estão em andamento e as empresas estão buscando levantar cerca de US$ 10 bilhões para os projetos, segundo as fontes, que pediram para não serem identificadas devido à confidencialidade do assunto.

Negociação em curso

A Saudi Aramco está buscando investidores que auxiliem no financiamento de projetos de midstream e downstream em sua planta de gás Jafurah, um empreendimento com um valor total de mais de US$ 100 bilhões, localizado no leste do reino saudita.

A empresa estatal tem procurado empresas de private equity e outros grandes fundos que investem em infraestrutura, oferecendo participações em ativos como projetos de captura e armazenamento de carbono, oleodutos e usinas de hidrogênio. A Aramco está sendo assessorada pelo banco de investimentos Evercore Inc. nesses planos.

Até o momento, nenhuma decisão final foi tomada, e as negociações continuam em curso. A TotalEnergies se recusou a comentar sobre o assunto, enquanto a Aramco não respondeu a um pedido de comentário. A China Petroleum & Chemical Corp., também conhecida como Sinopec, não respondeu às perguntas durante o feriado do Dia do Trabalho na China.

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