A TotalEnergies e a CNOOC estão enfrentando desafios ambientais e críticas de grupos de direitos humanos sobre seu projeto de oleoduto de US$ 10 bilhões em Uganda e Tanzânia. A iniciativa, que inclui a perfuração de Tilenga em Uganda, tem sido contestada por ambientalistas devido ao potencial impacto nas comunidades locais e na reserva natural de Murchison Falls. A TotalEnergies respondeu nomeando Lionel Zinsou para liderar uma avaliação da aquisição de terras, com o objetivo de trazer mais transparência e imparcialidade. No entanto, o projeto de transporte de petróleo bruto segue sendo alvo de críticas na região.
A gigante energética francesa, TotalEnergies, e a empresa chinesa de petróleo, CNOOC, estão tendo que superar desafios ambientais enquanto avançam em um projeto de oleoduto de US$ 10 bilhões em Uganda e na Tanzânia, na África. O empreendimento, que visa explorar reservas de petróleo bruto na área natural de Murchison Falls, tem gerado críticas de ambientalistas, enquanto a TotalEnergies busca contornar a situação.
Em colaboração com a CNOOC, a companhia energética está prosseguindo com o projeto de perfuração de Tilenga, em Uganda, e o Oleoduto para Petróleo Bruto da África Oriental (Eacop) de 1.443 quilômetros até a costa da Tanzânia. O foco do projeto está nas reservas naturais de Murchison Falls, onde 419 poços estão planejados. No entanto, a iniciativa tem despertado diversas críticas, especialmente relacionadas às comunidades locais e aos impactos ambientais.
Assim, as empresas estão enfrentando críticas de grupos ambientalistas, incluindo a Human Rights Watch, que apelou em julho passado à suspensão dos planos, citando devastação nos meios de subsistência de milhares de pessoas em Uganda. A ONG acusou a TotalEnergies de deslocar mais de 100 mil pessoas. Em resposta, quatro grupos ambientalistas apresentaram uma queixa criminal na França contra a TotalEnergies, alegando motivos climáticos.
Diante das preocupações levantadas pelos grupos ambientalistas, a TotalEnergies está conduzindo uma avaliação da aquisição de terras para o projeto de transporte de petróleo bruto. Assim, a empresa nomeou Lionel Zinsou, ex-primeiro-ministro do Benin e especialista no desenvolvimento econômico africano, para liderar essa avaliação.
O processo incluirá a análise dos procedimentos de aquisição de terras, condições de consulta, compensação e realocação das populações afetadas, com um relatório previsto para abril. A parceria entre a TotalEnergies e a CNOOC planeja avançar com o projeto do oleoduto sem realocar 775 residências primárias, afetando cerca de 18.800 partes interessadas, proprietários e usuários de terras.
Apesar das promessas de trazer desenvolvimento econômico para as comunidades locais, as preocupações dos grupos ambientalistas seguem em alta, destacando o impacto ambiental e social desses projetos. No entanto, a nomeação de Lionel Zinsou para liderar a avaliação da aquisição de terras reforça o compromisso da TotalEnergies com uma análise transparente e imparcial. Zinsou, com sua experiência em desenvolvimento econômico africano, traz uma perspectiva mais assertiva para avaliar o equilíbrio entre o progresso do projeto do oleoduto e a preservação ambiental da área.
A TotalEnergies é uma empresa multinacional de energia e petróleo com sede na França. Fundada em 1924, a empresa passou por várias transformações e mudanças de nome ao longo de sua história. Ela opera em todas as fases da cadeia de energia, incluindo exploração, produção, refino, distribuição e comercialização de petróleo, gás natural e outros produtos relacionados à energia. Além das atividades tradicionais de exploração e produção de petróleo e gás, a empresa também investe em energias renováveis.
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