A Suzano, líder global no setor de celulose e papel, iniciou as operações de sua nova e imponente fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo. A cerimônia de inauguração, que ocorreu às 20h15 do último domingo, marcou um momento histórico tanto para a empresa quanto para a região, situada a 100 quilômetros de Campo Grande.
Com um investimento colossal de R$ 22,2 bilhões, a nova unidade não é apenas a maior do setor no mundo, mas também um símbolo de inovação e compromisso socioeconômico. Com capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas anuais, a fábrica foi projetada para redefinir os padrões de eficiência e sustentabilidade no setor.
Projeto Cerrado é um marco na história da Suzano
A inauguração da fábrica trouxe consigo a criação de 3 mil postos de trabalho permanentes, representando 12,9% da população local. Durante a construção, foram gerados 10 mil empregos diretos, evidenciando o impacto positivo e transformador do empreendimento na economia local. Com a operação a pleno vapor, a Suzano empregará colaboradores próprios e terceirizados em atividades industriais, florestais e logísticas, consolidando-se como um dos maiores empregadores da região.
Denominado Projeto Cerrado, o empreendimento foi anunciado em maio de 2021 e se tornou o maior investimento da Suzano em seus 100 anos de história. Dos R$ 22,2 bilhões investidos, R$ 15,9 bilhões foram destinados à construção da fábrica, enquanto R$ 6,3 bilhões foram aplicados na formação da base de plantio e na estrutura logística necessária para o escoamento da celulose.
“A conclusão bem-sucedida do Projeto Cerrado reflete a dedicação e a capacidade de execução de cada pessoa envolvida nesta obra grandiosa e transformacional, e comprova a cultura de excelência que permeia toda a organização, liderada com maestria por Walter Schalka durante os últimos 11 anos”, declarou Beto Abreu, recém-nomeado presidente da Suzano.
Expansão da capacidade produtiva e os impactos gerados
Com o início das operações da nova unidade, a capacidade instalada de produção de celulose da Suzano aumentou de 10,9 milhões para 13,5 milhões de toneladas anuais, representando um crescimento superior a 20% na produção atual da companhia. Além da celulose, a Suzano possui capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas anuais de papéis, incluindo linhas de papéis sanitários, de imprimir e escrever, e de embalagens.
O empreendimento já proporciona uma série de avanços socioeconômicos diretos e indiretos na cidade de Ribas do Rio Pardo e regiões vizinhas. A fábrica conta com o menor raio médio estrutural da base florestal entre as operações da Suzano, com 65 quilômetros entre as áreas de plantio e a unidade fabril, significativamente menor do que o raio médio estrutural de 150 quilômetros. Essa característica única minimiza os custos logísticos e reduz o impacto ambiental associado ao transporte da celulose.
Em termos de sustentabilidade, a nova fábrica utiliza tecnologia de gaseificação da biomassa nos fornos de cal, reduzindo o uso de combustíveis fósseis aos momentos de partida e retomada de produção. Além disso, a unidade será autossuficiente na produção de ácido sulfúrico, peróxido de hidrogênio e energia verde, gerando um excedente de aproximadamente 180 megawatts (MW) médios, que será exportado para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Essa energia renovável poderia abastecer mensalmente uma cidade com mais de 2 milhões de habitantes.
Inauguração e planos para a fábrica
O atual prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo (PT), comemorou a inauguração, classificando-a como um marco histórico para a cidade. “A maior fábrica de celulose em linha única do mundo, em Ribas do Rio Pardo – MS, já está em operação a partir de hoje! Temos muito que comemorar! Viva esse dia! Isso transformará a vida de muitas pessoas!”, afirmou o prefeito.
A Suzano planeja realizar um ato público para marcar a inauguração oficial da fábrica, com a presença de autoridades e lideranças locais. A data para este evento ainda será definida, mas promete ser uma celebração à altura do impacto positivo que a nova unidade trará para a região e para a indústria de celulose global.