A petrolífera estatal Sonangol e a ExxonMobil assinaram na sexta-feira um memorando de entendimento para exploração de petróleo na bacia do Namibe, disseram as duas empresas.
Angola, o segundo maior produtor de petróleo da África, está enfrentando um declínio acentuado na produção, a menos que consiga revitalizar a exploração no que já foi uma das perspectivas mais excitantes do mundo.
A Sonangol está negociando contratos para novos blocos com petrolíferas e Angola planeja realizar um leilão no próximo ano, a primeira licitação de direitos de exploração desde 2011.
O presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, disse que o memorando abre o caminho para as partes iniciarem negociações de contrato para novas concessões de petróleo, parte da estratégia da empresa estatal de fortalecer a busca por novas atividades petrolíferas e a descoberta de novas reservas.
O diretor-geral da Exxon Mobil em Angola, Andre Kostelnik, disse que o novo campo de exploração pode ser visto como o ressurgimento da atividade petrolífera no país.
Os sinais de uma nova exploração em Angola ocorrem após um período de quase paralisia devido à falta de sucesso na perfuração, a uma queda nos preços do petróleo e a uma deterioração da relação entre a Sonangol e as principais empresas petrolíferas.
O petróleo representa 95 por cento das exportações de Angola e cerca de 70 por cento das receitas do governo.