"Só trabalho a mais": Mulheres chefiam mais da metade das famílias brasileiras, mas recebem até 30% a menos em alguns estados
Os estados do Centro-Oeste encontram as maiores divergências de salários, chegando a 34% no Mato Grosso (MT). No Sul, as porcentagens são parecidas, indo de 24% a 25% em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Os dados podem ser encontrados por intermédio do relatório, clicando aqui para gráficos e imagens ou neste link para o relatório em texto.
Os dados mostram o cenário de jornada dupla enfrentada pelas mulheres, como se tivessem que trabalhar muitos dias a mais no ano sem receberem por isso, mesmo que realizando a mesma função que os homens.
Ao analisar a fonte de renda das chefes de família no mercado de trabalho, verificou-se que em média 75,5% dos ganhos familiares eram provenientes do trabalho, 18,2% da aposentadoria e pensão, e 2,6% de benefícios e programas sociais. No caso das famílias que receberam até 1/2 salário mínimo, a fonte de renda foi distribuída em 71,1% provenientes do trabalho, 13,8% da aposentadoria e pensão, e 12,0% de programas e benefícios governamentais.
De acordo com o Boletim do Dieese, houve um aumento no número de arranjos de casais sem filhos, núcleos unipessoais e famílias monoparentais com filhos ou parentes. Já houve uma queda nos arranjos de casal com filhos, passando de 43,8% para 40,2%, entre os 3º trimestres de 2019 e 2022. Os casais sem filhos, por outro lado, passaram de 18,3% para 19,0% nesse mesmo período.
Dos 75 milhões de lares brasileiros, cerca de 50,8% são liderados femininos, correspondendo a cerca de 36,9 milhões de famílias. A porcentagem de mulheres negras que lideram os lares chega a 56,5% enquanto as não negras é de 43,5%. Os dados foram retirados com base no terceiro trimestre de 2022.
A jornada dupla das mulheres no Brasil é uma realidade ainda presente na sociedade atual. Segundo dados do IBGE, em 2020, as mulheres gastaram, em média, 20,9 horas semanais em trabalhos domésticos e cuidados de pessoas, enquanto os homens dedicaram apenas 10,8 horas. Ou seja, as mulheres trabalham em média 41,8 horas por semana, considerando também o trabalho remunerado, enquanto os homens trabalham em média 44,6 horas, mas com menos responsabilidades domésticas e de cuidados.
Essa desigualdade de gênero no âmbito doméstico afeta diretamente a vida profissional das mulheres. Segundo pesquisa da Catho, em 2020, 58% das mulheres afirmaram que precisam lidar com a dupla jornada e 25% disseram que não conseguem se dedicar ao trabalho como gostariam por conta das atividades domésticas.
Além disso, a pandemia da Covid-19 agravou essa situação, já que muitas mulheres passaram a trabalhar em home office e ainda precisam cuidar dos filhos e da casa ao mesmo tempo. De acordo com a pesquisa “Efeitos da pandemia na vida das mulheres”, realizada pela Rede Nossa São Paulo e o Instituto Ipsos, em 2020, 70% das mulheres entrevistadas afirmaram que a divisão das tarefas domésticas não mudou durante a pandemia.
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