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Shell promete elevar produção no Brasil para 400 mil barris de petróleo em 2023, anuncia CEO

CEO da Shell prevê aumento na produção de petróleo e destaca papel dos combustíveis fósseis no cenário energético.

by Marcelo Santos
A Shell, em parceria com a Unicamp e o Senai Cimatec, planeja inaugurar a primeira biorrefinaria de agave do Brasil em 2024.

No cenário da indústria de óleo e gás no Brasil, a Shell está preparada para atingir novos patamares de produção de petróleo em 2023, conforme o CEO da empresa no país, Cristiano Costa. A empresa prevê que sua produção média de petróleo e gás alcance uma média de 400 mil barris de óleo equivalente ao dia (boed) neste ano, um aumento em relação à média de 380 mil boed do ano anterior. Esta expansão da produção é impulsionada por um crescimento orgânico de suas atividades e pelo “ramp-up” das unidades de produção.

Crescimento da produção da Shell no Brasil

Cristiano Costa, durante um evento no Rio de Janeiro, compartilhou sua visão otimista sobre o futuro da produção da Shell no Brasil. Ele destacou que a perspectiva da empresa é manter esse patamar na casa dos 400 mil barris nos próximos anos, demonstrando seu compromisso com o crescimento sustentável no mercado de petróleo brasileiro.

Em julho deste ano, a Shell alcançou uma marca notável, atingindo um recorde na produção de petróleo de 458 mil boed no Brasil. É importante ressaltar que toda a produção da petroleira no país é destinada à exportação, contribuindo significativamente para a economia brasileira.

O papel dos combustíveis fósseis

O presidente da Shell no Brasil enfatiza que, apesar dos esforços em direção à transição para fontes de energia mais limpas, os combustíveis fósseis ainda desempenham um papel crucial no fornecimento de energia global. Ele argumenta que as fontes alternativas continuam em fase de implementação e não são suficientes para atender à crescente demanda mundial por energia.

“Em todos os cenários de carbono zero, você ainda vê formas tradicionais de hidrocarbonetos para suprir a energia por algumas décadas”, afirmou Costa. Ele acrescentou que a Shell prevê o pico de hidrocarbonetos na metade da década de 2030, enquanto outras instituições projetam esse pico para mais tarde.

Exploração de novas bacias

Para garantir a expansão contínua da produção de petróleo, Cristiano Costa defende a abertura de novas bacias exploratórias, incluindo a Margem Equatorial, como parte da estratégia da Shell no Brasil. Isso se torna ainda mais relevante diante dos sinais de fadiga de bacias tradicionais, como Campos e Santos.

“Por que ainda investir em hidrocarbonetos? Um campo de produção de óleo e gás, se você não fizer nada, ele declina 7% ao ano; se não investir nada, daqui a dez anos não tem mais praticamente produção de óleo no mundo. Há sempre um declínio natural compensado por novos investimentos e novas plataformas de produção”, declarou ele.

Shell revela projetos em parceria com a Petrobras

Nos próximos anos, a Shell tem planos de entrar em operação com novos projetos em parceria com a Petrobras. Um deles é o campo de Mero 2, que começará a produzir até o final de 2023. Também estão previstos os campos de Mero 3 e Mero 4, localizados no pré-sal da bacia de Santos, com previsão de início de produção em 2024 e 2025, respectivamente.

A Shell continua a ser um importante ator na indústria de petróleo e gás no Brasil, investindo entre US$ 1 e US$ 1,5 bilhão anualmente no país para impulsionar o setor e garantir um suprimento confiável de energia.

A companhia está focada na expansão de sua produção de petróleo e gás no Brasil, mantendo seu compromisso com a sustentabilidade e destacando a importância contínua dos combustíveis fósseis no cenário global de energia. Com projetos futuros e parcerias estratégicas, a empresa demonstra seu papel significativo na economia brasileira e na indústria de energia.

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