A Shell assinou um contrato, durante esta semana, com a CMA CGM para que haja o fornecimento de gás GNL para Cingapura.
O fornecimento, de acordo com a multinacional, será fornecido pela FueLNG, uma joint venture presente em Cingapura. Eles farão o uso do primeiro navio de abastecimento a partir do segundo semestre do ano de 2023 se mostra uma negociação promissora para a empresa de gás e óleo. O abastecimento com o gás permite que haja a operação dos portos de forma simultânea junto ao aumento de produtividade no setor. Além disso, reduz exponencialmente as emissões de dióxido de carbono.
A CMA CGM começou a investir na compra e uso de GNL desde o ano de 2017, há cinco anos, e está em processo de construção da sua maior frota de gás do mundo com o uso de contêineres. Ao todo, é estimado que a instituição tenha encomendado, para estaleiros, a construção de ao menos 10 navios voltados para a movimentação de gás e mais de 69 pedidos totais. Ademais, a empresa encomendou, para outras multinacionais, a compra de ao menos seis navios voltados para o uso do metanol, componente químico utilizado dentro da indústria offshore.
“A CMA CGM continua a ver o potencial do GNL como combustível marítimo, por isso é um passo extremamente positivo estender nossos compromissos de fornecimento nesta área”, disse Tahir Faruqui, Gerente Geral, Chefe de Downstream LNG da Shell. De acordo com ele, o gás seria utilizado como combustível marítimo e seria um caminho mais sustentável para o biometano liquefeito utilizado atualmente.
Alguns estudos também pesquisam sobre a possibilidade de fazer o uso da amônia nos motores dos navios para substituir o gás e tornar os transportes mais sustentáveis. A BVT e Total Energies são pioneiras no setor.
Memorando de Entendimento (MoU) e a Shell
Ambas as empresas, que estão criando o acordo de fornecimento do gás, também assinaram o Memorando de Entendimento (MoU), que tinha o intuito de criar metodologias para reduzir a emissão de carbono nos transportes marítimos com o uso de biometanol nas embarcações já existentes. Ou seja, combinaram acordos com a advocacia conjunta a fim de reduzir as emissões e tornar o sistema logístico mais sustentável e viável para o meio ambiente.
Melissa Williams, Vice-Presidente Marítima, Setores e Descarbonização da Shell, afirmou que a colaboração entre as indústrias é uma forma de muitos países alcançarem as suas metas climáticas até o ano de 2030, como está sendo previsto pelo Tratado de Paris. De acordo com ela, está empolgada com o acordo da Shell com a nova empresa porque impulsiona mudanças relevantes no setor.