A Saipem revelou na última quinta-feira (11) que recebeu três novos contratos – um onshore e dois offshore – pelo New Gas Consortium composto por duas subsidiárias integrais da – uma nova joint venture independente que combina os interesses comerciais da BP e da Eni em Angola – Sonangol P&P, Chevron e TotalEnergies.
O empreiteiro italiano de perfuração offshore explicou que estes três contratos foram adjudicados para as atividades de engenharia, aquisição e construção (EPC) relevantes para o projeto de desenvolvimento dos campos Quiluma e Maboqueiro (Q&M) ao largo da costa noroeste de Angola. O FID para este projeto foi anunciado em julho de 2022.
Este projeto inclui duas plataformas de cabeça de poço offshore, uma planta de processamento de gás onshore e uma conexão com a planta Angola LNG para a comercialização de condensados e gás através de cargas de GNL.
Além disso, as atividades de execução do projeto estão previstas para começar ainda neste ano de 2022 enquanto o primeiro gás está planejado para 2026. O projeto está previsto para atingir uma produção de 330 mmscf/dia (aproximadamente 4 bilhões de metros cúbicos/ano).
OBS: No contexto do volume de gás, MMscf significa milhões de pés cúbicos padrão.
A Saipem destacou que os novos acordos possuem um valor total de cerca de US$ 900 milhões e permitirão cuidar da engenharia, aquisição e construção, incluindo assistência de conexão e comissionamento, da plataforma Quiluma e da planta de processamento de gás natural em terra.
“Isso confirma a confiança dos clientes na Saipem para a execução de projetos complexos tanto em termos de tecnologia quanto de logística, realizados de acordo com o conteúdo local e com os mais altos padrões de sustentabilidade ambiental. Em particular, este é o primeiro projeto realizado em Angola relevante para um campo de ‘gás não associado’”, segundo o gigante italiano.
A Saipem destaca que a participação neste empreendimento na Bacia do Baixo Congo, que vai dotar a fábrica de Angola LNG de volumes adicionais de gás tanto para o mercado internacional como para o mercado doméstico, consolida o seu “posicionamento estratégico na África Ocidental e em Angola, onde a empresa tem trabalhado há mais de 40 anos”.
Em maio, antes do atual boom do preço do petróleo, a BP concordou em trabalhar com a Saipem na Angola, onde tem investido bilhões em uma infinidade de novos desenvolvimentos no ramo offshore.
A joint venture chama-se Azule Energy e será detida em partes iguais pelos dois players, prevendo que seja o maior produtor da Angola, detendo participações em 16 licenças e uma participação chave na central de gás natural liquefeito de Angola no Soyo. A participação da Eni na Solenova, empresa solar detida em conjunto com a Sonangol, também será transferida para a Azule.
A Azule possui um pipeline de novos projetos programados para iniciar nos próximos anos, incluindo o esquema Agogo no Bloco 15/06 e Palas-Astraea-Juno (PAJ) no Bloco 31, ambos serão explorados via produção flutuante, armazenamento e descarregamento de navios.
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