A Coamo, maior cooperativa agroindustrial do Brasil, está prestes a dar um grande passo no setor de biodiesel, com um investimento significativo para a construção de uma usina no Paraná. Com a entrada nesse mercado, a Coamo fortalecerá ainda mais sua presença no Brasil, utilizando a soja como matéria-prima para a produção de biodiesel. Esse projeto, que visa atender a uma demanda crescente, será um marco para a cooperativa e para o setor agroindustrial.
O investimento, que deve girar em torno de R$ 300 milhões, será destinado à construção de uma usina de biodiesel no estado do Paraná. A unidade será responsável pela produção de biodiesel a partir da soja, contribuindo com a sustentabilidade e a redução de emissões de carbono no Brasil. De acordo com o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, a ideia é que o projeto seja apresentado no próximo mês ao conselho da cooperativa e, em fevereiro, seja discutido pelos cooperados, que terão a palavra final na decisão.
A escolha do Paraná como local para a nova usina de biodiesel não é aleatória. O estado tem se destacado como um polo produtor de soja e, para a Coamo, a planta será uma maneira de aproveitar a abundância de soja disponível na região. O presidente executivo da Coamo destaca que a cidade de Paranaguá foi escolhida por já contar com uma indústria que processa soja em grande escala, o que facilita a produção de biodiesel. Além disso, a soja não será refinada na usina de biodiesel de Paranaguá, como ocorre em outras plantas da Coamo, mas utilizada diretamente para a produção do biocombustível.
A nova usina de biodiesel será projetada para atender à crescente demanda do mercado brasileiro. Com o aumento da mistura de biodiesel no diesel comum, previsto no projeto Combustível do Futuro, a Coamo se prepara para dar suporte a esse movimento com a produção de biodiesel de soja. O governo federal estabeleceu um cronograma para elevar a mistura de biodiesel no diesel até 2030, e a Coamo está se antecipando a esse cenário com seu investimento na usina.
O projeto Combustível do Futuro tem como meta aumentar a porcentagem de biodiesel no diesel de 14% para 20% até 2030, o que exigirá mais usinas e maior capacidade produtiva. A Coamo, com sua usina de biodiesel, busca não apenas atender a essa demanda, mas também impulsionar a economia do Paraná e contribuir para a sustentabilidade do Brasil.
O investimento da Coamo não se limita apenas à usina de biodiesel. A cooperativa também está se preparando para a construção de uma usina de etanol de milho, prevista para ser finalizada em 2026, além de um terminal marítimo em Itapoá, em Santa Catarina. Esses projetos, somados à usina de biodiesel, reforçam o compromisso da Coamo com a diversificação de suas atividades e com o desenvolvimento de novas alternativas energéticas no Brasil.
Além do impacto econômico, o projeto de biodiesel da Coamo será um passo importante na busca por energias renováveis e na redução de emissões de gases de efeito estufa. A produção de biodiesel a partir da soja é uma solução sustentável que contribui para o desenvolvimento do setor agrícola e energético no Brasil.
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