A retomada das operações no Porto de Itajaí está projetada para impulsionar consideravelmente a valorização dos galpões logísticos na região. Com a previsão de início das operações para o segundo semestre, a demanda por espaço logístico deve aumentar, elevando o valor do metro quadrado tanto para venda quanto para locação acima de 20% nos próximos anos.
A assinatura do contrato da JBS para operar o Porto de Itajaí marca um momento decisivo para o setor. A multinacional brasileira vai assumir a operação devido à compra de 70% da Mada Araújo, empresa que venceu a licitação temporária de dois anos. A expectativa é que as operações iniciem no segundo semestre.
Retomada das operações no Porto de Itajaí trará novos empregos e maior competitividade dos portos da região
A valorização dos galpões logísticos está diretamente ligada ao aumento do comércio internacional e ao crescimento do e-commerce no país. Segundo a Wepayments, o Brasil é o país da América Latina que mais realiza compras em sites internacionais, com 75% dos brasileiros fazendo pelo menos uma compra online nos últimos 12 meses. Esse crescimento das compras online, com projeção de um salto de R$ 349 bilhões em 2023 para R$ 557 bilhões em 2027, aumenta a demanda por infraestrutura logística de alto padrão e bem localizada.
“O restabelecimento da operação portuária em Itajaí trará, além da geração de novos empregos, uma maior competitividade dos portos da região, melhorando significativamente os serviços. Com a capacidade de receber navios maiores, devido a dragagem feita no final de 2023, Itajaí pode se consolidar como um hub estratégico para grandes players do mercado. A reabertura do porto vai impulsionar a valorização dos galpões logísticos na região, oferecendo um cenário favorável para investimentos a longo prazo”, afirma Douglas Curi, sócio da Sort Investimentos, empresa especializada no setor.
O Porto de Itajaí está há quase dois anos inativo devido a questões políticas. Antes da paralisação, a média mensal de movimentação era superior a 100 mil TEUs, equivalente a 1 milhão de toneladas por mês. A reabertura, portanto, ocorre em um momento estratégico, com a expectativa de restaurar e até superar esses números.
Valorização dos galpões logísticos em Santa Catarina
Santa Catarina, que já é referência em valorização imobiliária residencial, destaca-se também no setor de galpões logísticos. Navegantes, por exemplo, teve 300% de valorização no metro quadrado desses ativos nos últimos 10 anos. A Sort Investimentos possui R$ 3,5 bilhões em ativos e 553 mil m² para construção de galpões logísticos de alto padrão no estado. A taxa de vacância é inferior a 7%, comparada à média nacional de 9,4%, com rentabilidade da locação acima de 0,7% ao mês. Araquari e Garuva também mostram grande potencial devido à localização estratégica.
“Os galpões logísticos que apresentam essa valorização são Triple A, ou seja, eles tem uma infraestrutura especial, com pé direito acima de 12 metros, piso com capacidade acima de 5 toneladas e sistema contra incêndio J4 com sprinkler, por exemplo”, comenta Curi.
Sobre o Grupo Sort
O Grupo Sort é comandado por Renato Monteiro, que possui ampla experiência no mercado imobiliário e de investimentos nacionais e internacionais. O Grupo é composto por empresas do mercado imobiliário, ramo de tecnologia, indústria e varejo, entre elas a Fast Sale, a Divvy Investimentos, PipeImob Tecnologia, a Sort Empreendimentos, e a Sort Investimentos, que possui mais de R$ 8 bilhões em ativos sob assessoria e atua na seleção e gestão de imóveis, com foco em investidores de diferentes perfis.