Espera-se que as refinarias chinesas processem mais de 13 milhões de barris de petróleo por dia pela primeira vez no terceiro trimestre deste ano, segundo uma pesquisa da Reuters com 20 refinadores na segunda-feira.
O aumento nas taxas de processamento nas refinarias da China também deve resultar em um excesso de produtos refinados no mercado doméstico, e algumas refinarias podem optar por reduzir as taxas de operação ou se concentrar em produtos químicos para evitar a concorrência direta nos combustíveis de transporte. irá diminuir ainda mais as margens de refino na China e na região.
Nos dois primeiros meses de 2019, as refinarias chinesas processaram 102,49 milhões de toneladas de petróleo, ou 12,68 milhões de barris diários – o maior já registrado e um aumento de 6,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados alfandegários da China.
A maior parte do petróleo bruto processado veio das importações de petróleo bruto, que continuou a aumentar este ano em relação aos mesmos meses de 2018. Em fevereiro, a China importou 39,22 milhões de toneladas de petróleo bruto, ou 10,23 milhões de barris / dia, 21,6% acima no ano. Em janeiro, as importações foram de 42,6 milhões de toneladas, ou 10,03 milhões de bpd, com alta de 4,8% no ano.
No futuro, pelo menos oito refinarias na China entrarão em manutenção ou revisões no segundo trimestre, o que resultará em menores taxas de processamento em abril-junho, de acordo com a pesquisa e os cálculos da Reuters.
Mas no terceiro trimestre, um total de 800 mil bpd em nova capacidade de refino de duas grandes refinarias deve ficar on-line, provavelmente elevando a taxa de processamento das refinarias coletivas para um novo recorde de mais de 13 milhões de bpd, mas reduzindo as margens exacerbaria um excesso de oferta de combustível de transporte já grande.
A Zhejiang Petrochemical e a Hengli Petrochemicals deverão ter suas respectivas refinarias de 400.000 bpd funcionando a plena capacidade até o final do terceiro trimestre deste ano, de acordo com a pesquisa da Reuters.
