O Norte Fluminense já possui 4 projetos de energia em operação e a estimativa é que duas termelétricas fiquem prontas dentro de até 5 anos, gerando eletricidade equivalente a três usinas de Itaipu, maior hidrelétrica do Brasil. Os projetos de usinas energéticas no Norte Fluminense podem mudar o ranking da região como uma das capitais da energia do Brasil. Um levantamento realizado pela Firjan registrou um total de 38 projetos de energia em apenas quatro municípios da região, mais da metade deles já estão em operação, em obras ou licenciados. São termelétricas, usinas solares, eólicas e de hidrogênio que podem gerar o equivalente a mais de três hidrelétricas de Itaipu, a maior do Brasil e uma das maiores do mundo.
19 termelétricas serão construídas no Norte Fluminense
Segundo o presidente da Firjan Norte Fluminense, Francisco Roberto de Siqueira, a reunião dessas informações é essencial para mostrar ao mercado de petróleo e gás e aos investidores em geral, as diversas oportunidades geradas pela região. Também é importante para que seja buscada cada vez mais, ao lado dos agentes públicos, as melhorias que a região tanto necessita para avançar e contribuir cada vez mais com a produção de energia brasileira, do estado e dos municípios, reduzindo também a dependência dos royalties de petróleo.
No total, são 19 termelétricas, 7 usinas solares, 9 usinas eólicas offshore e também outras duas de hidrogênio e uma eólica onshore, que poderão gerar quase 50 GW, mais que o triplo da usina de Itaipu (14GW). Do total de Projetos, 4 já estão em operação, sendo estes a usina eólica de Gargaú, as termelétricas Norte Fluminense, GNA e a Termomacaé.
São João da Barra receberá grande parte dos investimentos
Dois dos empreendimentos têm previsão de iniciarem dentro de até 5 anos, isto é, até 2027 a região contaria com seis projetos em operação, gerando 5,31 GW. Esta energia equivale à usina de Churchill Falls, a maior do Canadá e do mundo.
São João da Barra, com o Porto do Açu, é o que tem mais. São 18 projetos, sendo quatro termelétricas, cinco usinas solares, sete eólicas offshore e duas de hidrogênio, ambas em estudo. Essas, a termelétrica GNA II tem estimativa para começar suas operações em 2025.
Em Macaé, há outros 14 empreendimentos de energia, onde sua grande maioria são termelétricas, mas há também um projeto de energia eólica offshore.
O número total inclui a Termomacaé, já em operação. A estimativa é de que no próximo ano já comece a funcionar mais uma, a Marlim Azul. Os outros empreendimentos no Norte Fluminense estão em processo de licenciamento ou não possuem começo previsto para operarem.
Acordos estão sendo tratados pelos órgãos competentes
De acordo com Gualter Scheles, o coordenador da Comissão Municipal da Firjan em Macaé, os processos para a construção de usinas térmicas exigem licença de instalação do Inea, o que significa que o balanço hídrico da bacia hidrográfica é avaliado considerando a necessidade de água dos empreendimentos e as demandas dos cidadãos.
Sendo assim, os acordos estão sendo tratados pelos órgãos competentes adequadamente, assim como o município também já se prepara para que estes projetos tragam desenvolvimento sustentável à cidade e à região.
Já os municípios de Campos e São Francisco de Itabapoana contam com três empreendimentos cada. Em Campos, há duas usinas de energia solar já licenciadas e uma eólica offshore em processo de licenciamento.