O Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (LABGENE), projeto da Marinha do Brasil e das Forças Armadas Brasileiras, continua avançando nesses últimos dias. Entre as empresas que participam do desenvolvimento das pesquisas e equipamentos do futuro submarino nuclear brasileiro, a
Atech é uma das principais. A empresa vem se destacando no projeto e comentou um pouco sobre as expectativas para o futuro, afirmando estar pronta para oferecer seus serviços à Marinha do Brasil.
Atech vem desenvolvendo sistemas de monitoramento e controle de qualidade no projeto LABGENE para o submarino nuclear da Marinha do Brasil
A Atech, empresa do grupo Embraer que atua no desenvolvimento de sistemas e aplicação de tecnologia, está cada vez mais em destaque no setor nuclear brasileiro. A sua participação no LABGENE, protótipo em terra dos sistemas de propulsão do futuro submarino nuclear brasileiro, vem garantindo novos olhares para o portfólio de serviços da empresa. O diretor de negócios da Atech, Giacomo Feres Staniscia, comentou um pouco sobre como tem sido a experiência da empresa no projeto da Marinha do Brasil. “No LABGENE, a Atech desenvolve os sistemas de monitoramento, controle e proteção do laboratório. Além, da integração dos sistemas de instrumentação e dos sistemas auxiliares que vão operar na unidade, é responsável pelas atividades de treinamento, operação assistida e suporte ao comissionamento do laboratório”, destacou. Esses são apenas alguns dos serviços fornecidos pela empresa no desenvolvimento do projeto do submarino nuclear futuro, mas sua cartela de serviços é muito maior. Dessa forma, a Atech confirmou estar preparada para garantir à Marinha do Brasil todo o suporte necessário para o projeto após a consolidação do LABGENE. Entre os serviços que poderão ser prestados pela companhia, os principais são o desenvolvimento de sistemas de segurança, sistemas de controle e automação, monitoramento de radiação, monitoração sísmica, instrumentação nuclear, apoio ao licenciamento, instalação e montagem de sistemas e salas de controle, entre outras soluções. Aproveitando o desenvolvimento tecnológico da empresa no projeto da Marinha do Brasil, Giacomo revelou que a Atech ainda está participando de um processo de harmonização de requisitos para plantas de pequenos reatores modulares (SMR).
Atech pretende aproveitar experiências no LABGENE para investir na expansão do mercado nuclear nacional e internacional no futuro
Além de participar do desenvolvimento do protótipo LABGENE para o submarino nuclear da Marinha do Brasil, a Atech está de olho em novas oportunidades futuras para o setor nuclear nacional e internacional. A empresa destaca que a experiência no projeto nacional permite servir de base para outros projetos de reator nuclear de potência no Brasil, como na modernização das usinas nucleares. Ela ressalta, por exemplo, os sistemas analógicos das usinas atuais, que demandam atualização tecnológica, por meio da revisão do projeto e sua modernização para sistemas digitais. Além disso, sistemas de monitoramento de radiação em instalações críticas caracterizam outra potencial oferta para a companhia expandir sua presença no mercado global. Por fim, a Atech destacou a importância do setor nuclear para o território nacional, indo além do projeto LABGENE, e reforçou sua posição enquanto participante da Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN). Dessa forma, ela busca promover e divulgar o desenvolvimento da tecnologia nuclear no Brasil, contribuindo para o aproveitamento do potencial de geração nuclear existente no território nacional.