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Produção nacional de petróleo e gás atinge novos patamares com avanço das operações no campo de Tupi

Produção de petróleo e gás no brasil atinge novos recordes em maio de 2024, impulsionada pelo campo de Tupi e avanços no pré-sal

by Andriely Medeiros
Produção de petróleo e gás no brasil atinge novos recordes em maio de 2024, impulsionada pelo campo de Tupi e avanços no pré-sal

Foi divulgado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) na terça-feira (2) o Boletim Mensal de Produção referente ao mês de maio de 2024, revelando dados significativos a respeito dos complexos industriais de petróleo e gás no Brasil. Este mês foi marcado por aumentos substanciais na produção de petróleo, gás natural e no pré-sal, impulsionando a produção total de óleo equivalente.

Crescimento na produção total de petróleo e gás

No mês de maio, a produção nacional de petróleo e gás natural alcançou 4,234 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Esse resultado representa um aumento em relação ao mês anterior, consolidando um crescimento consistente na indústria.

A produção diária de petróleo atingiu 3,318 milhões de barris por dia (bbl/d), marcando um crescimento de 3,9% em comparação com abril de 2024 e de 3,6% em relação a maio de 2023.

A produção diária de gás natural em maio foi de 145,63 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), refletindo um aumento de 6,6% em relação ao mês anterior e de 0,8% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A produção no pré-sal continuou a ser um pilar crucial da indústria brasileira, contribuindo com 3,314 milhões de boe/d em maio, o que representa 78,3% da produção nacional. Este valor demonstra um crescimento de 5% em relação a abril de 2024 e de 3,7% em relação a maio de 2023.

Detalhes operacionais

A produção no pré-sal incluiu 2,599 milhões de bbl/d de petróleo e 113,73 milhões de m³/d de gás natural, provenientes de 145 poços operacionais. O aproveitamento de gás natural atingiu 97,6% em maio, com 46,75 milhões de m³/d disponibilizados ao mercado e uma redução significativa de 9,5% na queima em relação ao mês anterior, promovendo práticas mais sustentáveis na indústria.

Da produção de petróleo durante o mês de maio, os campos marítimos tiveram responsáveis por 97,5%, enquanto, em se tratando de gás natural, a porcentagem foi de 86,2% da produção. A Petrobrás, operando sozinha ou em consórcio, liderou a produção, respondendo por 88,88% do total.

Destaque para o campo de Tupi

O campo de Tupi, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, emergiu como o principal produtor do país em maio, registrando 755,46 mil bbl/d de petróleo e 37,01 milhões de m³/d de gás natural. A FPSO Guanabara, instalada na jazida compartilhada de Mero, liderou individualmente a produção com 179.546 bbl/d de petróleo e 11,68 milhões de m³/d de gás.

Além do boletim tradicional em formato PDF, a ANP oferece uma ferramenta interativa de Business Intelligence (BI), que permite aos usuários explorar os dados de produção com flexibilidade. É possível selecionar diferentes períodos, consultar por campos específicos, estados e bacias, proporcionando uma análise detalhada da indústria.

A utilização de tecnologia de ponta, como a exploração em águas profundas e ultraprofundas, tem sido fundamental para o aumento da produção. A implementação de sistemas avançados de monitoramento e gestão, combinada com a expertise técnica das equipes, tem permitido à indústria superar desafios operacionais e alcançar novos patamares de eficiência e produtividade. Isso posiciona o Brasil como um protagonista no cenário global de petróleo e gás, atraindo investimentos e fortalecendo sua competitividade internacional.

Perspectivas futuras para as operações em petróleo e gás

Para os próximos meses, as projeções indicam um cenário de continuidade no crescimento da produção de petróleo e gás natural no Brasil. Com investimentos contínuos em novos projetos e expansão das operações existentes, espera-se que a indústria mantenha sua trajetória ascendente, contribuindo para a economia nacional e para a segurança energética do país.

Variações na produção são normais devido a fatores como manutenção programada, início de novos poços e operações de comissionamento. Tais práticas visam garantir a estabilidade operacional e o aumento sustentável da produção ao longo do tempo.

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