Mirando em novos rumos no mercado offshore nacional, a PRIO concretizou a venda de sua participação de 10% no campo de gás Manati para a Gas Bridge, por R$ 124 milhões. A petroleira voltou atrás na decisão de manter o ativo e optou por finalizar a transação, destacando uma mudança estratégica para focar em ativos operados. Agora, a transação fortalece a posição da Gas Bridge no setor e permite à PRIO redirecionar esforços para novos projetos, como a criação de um cluster produtivo entre os campos Wahoo e Frade, destacando sua busca por crescimento no cenário energético brasileiro.
A PRIO deu um passo importante no redirecionamento de sua estratégia ao vender sua participação em um campo de gás operado pela Petrobras. A transação do campo de Manati, marca uma mudança no cenário energético e nas prioridades da petroleira independente no cenário atual. Em novembro de 2020, a PRIO havia celebrado um acordo com a Gas Bridge para vender sua participação de 10% no campo de gás de Manati por R$ 144,4 milhões.
Contudo, desafios e condições não cumpridas levaram a PRIO a reconsiderar a transação. Após meses de deliberação, a empresa agora decidiu finalmente alienar sua participação à Gas Bridge por R$ 124 milhões. Em um comunicado ao mercado nesta quinta-feira, a PRIO confirmou a conclusão da venda, recebendo R$ 124 milhões.
O pagamento foi dividido, com R$ 24,8 milhões após a assinatura do contrato e R$ 85,7 milhões em 16 de novembro, após ajustes de preços. A participação no campo de Manati, adquirida em 2017 por R$ 140 milhões, gerou um retorno significativo em caixa para a petroleira, três vezes o capital investido.
Localizado na Bacia de Camamu-Almada, no estado da Bahia, o campo de Manati é um dos maiores campos de gás natural não associado do Brasil. Operado pela Petrobras, detentora de 35% de participação, o campo conta com parceiros como Enauta Energia (45%), GeoPark, e agora, a Gas Bridge, ambos com 10% cada. A venda recente da participação no campo de Manati reflete a estratégia da PRIO de gerar valor por meio da gestão dinâmica de seu portfólio de ativos.
A empresa tem em vista reforçar seu foco nos ativos operados, considerados o destaque do seu portfólio. Essa mudança visa também impulsionar o crescimento e a eficiência da PRIO no setor energético. Além da venda no campo de Manati, a PRIO está concentrando esforços em outros projetos. A empresa trabalha na criação de um cluster produtivo por meio do tie-back entre os campos Wahoo e Frade.
Essas iniciativas demonstram seu interesse em ampliar o portfólio. A PRIO também adquiriu a participação da TotalEnergies no bloco BM-C-32, que inclui o campo de Itaipu, permitindo assumir a propriedade integral do campo. Além disso, a PRIO investiu quase US$ 2 bilhões na aquisição total da participação da Petrobras no campo de águas profundas de Albacora Leste, ao largo do Brasil.
Essa transação não só fortaleceu a posição da PRIO como operadora do campo, mas também a posicionou de forma estratégica no setor. Assim, a venda da participação no campo de Manati para a Gas Bridge representa mais do que uma transação financeira para a PRIO e se torna uma decisão estratégica que moldará o futuro da empresa no setor de petróleo e gás.
A Prio é uma empresa brasileira independente de petróleo e gás, focada na exploração e produção de petróleo e gás natural. Ela é conhecida por adquirir campos de petróleo maduros e otimizar sua produção por meio de operações eficientes e técnicas avançadas de recuperação.
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