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Presidente da Petrobras confirma que petróleo ainda vai liderar mercado por pelo menos 40 anos

Nos últimos dias, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, fez declarações contundentes sobre os investimentos da estatal na produção de petróleo. Suas palavras ecoaram durante sua participação na COP28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) em Dubai, onde defendeu a continuidade da exploração de petróleo, apesar dos desafios ambientais que o mundo enfrenta.

A visão do presidente da Petrobras

O presidente da Petrobras enfatizou que o petróleo ainda será uma commodity essencial por, pelo menos, mais quatro décadas. Ele argumentou que, durante esse período, a transição energética ocorrerá gradualmente, com a substituição do petróleo em usos menos prioritários por alternativas mais sustentáveis. Prates destacou que interromper abruptamente a produção de petróleo teria impactos catastróficos na economia brasileira e global.

As declarações do presidente da Petrobras ecoaram as palavras do diretor de exploração e produção da Petrobras, Joelson Falcão Mendes, que há alguns meses ressaltou a importância de explorar novas fronteiras petrolíferas, incluindo a chamada Margem Equatorial, situada no litoral entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. Ele apontou que essa exploração compensaria o esgotamento da prospecção do pré-sal na região Sudeste do Brasil.

Mendes também mencionou o compromisso da Petrobras em reduzir as emissões poluentes por meio de tecnologias avançadas, permitindo que a empresa continue a vender petróleo “descarbonizado” nos mercados internacionais.

Demanda por petróleo deve atingir seu pico nesta década

A Petrobras, com suas atuais reservas comprovadas de 10,5 bilhões de barris equivalentes de petróleo e uma produção diária de cerca de 2,6 milhões de barris, está determinada a garantir seu papel no cenário energético futuro. Mendes destacou que a empresa planeja aumentar suas reservas e sua produção, inclusive por meio de fontes de energia renovável.

Embora a Petrobras enfatize sua continuidade na produção de petróleo, é importante considerar o cenário global. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por petróleo deve atingir seu pico nesta década devido à transição para fontes de energia mais limpas, como veículos elétricos e energias renováveis.

A AIE prevê que, a partir de 2024, o crescimento da demanda mundial por petróleo desacelerará significativamente. A mudança para uma economia de energia limpa está ganhando impulso, e a capacidade de produção de petróleo deve manter o mercado abastecido até 2028.

Ambição global pela sustentabilidade

Em um contexto global de combate às mudanças climáticas e redução das emissões de gases de efeito estufa, a ambição de abandonar os combustíveis fósseis está em ascensão. Os eventos geopolíticos, como a crise na Ucrânia e seus efeitos nos preços do petróleo e gás, aumentaram a urgência dessa transição.

A Petrobras, ao investir em fontes renováveis, demonstra seu compromisso com a rentabilidade e a sustentabilidade a longo prazo. A busca por alternativas mais limpas e a redução das emissões de carbono são desafios que todas as empresas de energia enfrentam no século XXI.

Petrobras mantém foco no petróleo enquanto explora alternativas sustentáveis

Diante do cenário desafiador e das pressões ambientais, a Petrobras está comprometida em investir em um futuro mais sustentável e diversificado. Além da produção de petróleo, a empresa está explorando outras fontes de energia limpa.

O compromisso da Petrobras com a diversificação de suas fontes de energia é evidenciado por seu plano de incorporar fontes renováveis em sua matriz energética. A empresa planeja incorporar a energia eólica, solar, biocombustíveis e hidrogênio verde em sua produção de energia.

A redução das emissões de metano e dióxido de carbono também é uma prioridade para a estatal. A empresa está investindo em tecnologias avançadas para minimizar o impacto ambiental de seus combustíveis fósseis. Essas inovações permitirão que a Petrobras continue a fornecer petróleo “descarbonizado” no mercado internacional.

Marcelo Santos

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