O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, comentou recentemente sobre o possível processo de recompra de alguns ativos da petroleira. Segundo ele, a companhia está em negociações com a Mubadala para uma possível recompra da Refinaria de Mataripe, na Bahia. Embora seja considerada uma possibilidade, Prates ressalta a necessidade de discrição durante as negociações em curso. A Refinaria de Mataripe, antiga RLAM, foi vendida durante o governo de Jair Bolsonaro, e sua compra faz parte das discussões estratégicas da petroleira. O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, manifestou apoio a recompra, enfatizando a importância histórica do ativo para o mercado brasileiro.
Petrobras pode recomprar a Refinaria de Mataripe em novos investimentos no mercado de refino
A Petrobras está atualmente envolvida em discussões com a Mubadala sobre uma potencial recompra da Refinaria de Mataripe, situada na Bahia. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, revelou que essa possibilidade está em consideração, mas ressalta a necessidade de cautela devido às negociações em andamento. As conversas com a Mubadala abrangem diversos tópicos, sendo a recompra da refinaria apenas um elemento, embora não seja o ponto central, conforme destacado por Prates durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira.
Originalmente conhecida como Refinaria Landulpho Alves (RLAM), a Refinaria de Mataripe foi o primeiro projeto de refino alienado pela Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro. A unidade agora é operada pela Acelen, uma subsidiária da Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi. A transição ocorreu em dezembro de 2021, quando a Mubadala desembolsou um total de US$ 1,8 bilhão para assumir as operações da refinaria.
A Petrobras agora está de olho na volta dos investimentos no mercado de refino brasileiro, como parte do seu plano estratégico da para o período de 2024 a 2028, que destinará um total de US$ 5 bilhões para o Brasil. Esses recursos serão direcionados para projetos em avaliação na carteira, abrangendo áreas como refino, transporte e comercialização. Assim, a possível recompra da Refinaria de Mataripe reflete uma abordagem estratégica da Petrobras no mercado.
Ministro de Minas e Energia apoia a recompra da Refinaria de Mataripe
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem se posicionado a favor da recompra das unidades de refino privatizadas pela Petrobras nos últimos anos. Destacando a importância histórica da Refinaria de Mataripe, Silveira expressou a visão de que esse ativo é um dos principais para o mercado de refino e nunca deveria ter sido vendido. Em setembro, ele divulgou uma nota reafirmando seu apoio a recompra da RLAM.
A venda de oito refinarias foi um compromisso assumido pela Petrobras em 2019, em acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), visando a abertura do mercado de refino. Além da Refinaria de Mataripe, a RLAM, vendida à Mubadala, outras unidades foram alienadas, como a Reman (Amazonas), a Lubnor (Ceará), e a Unidade de Industrialização do Xisto (SIX) no Paraná.
Apesar da venda bem-sucedida da RLAM para a Mubadala, a Petrobras encontrou dificuldades ao tentar se desfazer de outros ativos de refino. Tanto executivos do Cade quanto da própria Petrobras indicaram a possibilidade de renegociar o acordo de desinvestimento, evidenciando as dificuldades do processo.
Agora, em meio a essas negociações e revisões estratégicas, a Petrobras busca não apenas otimizar seus ativos, mas também alinhar suas estratégias com as demandas e oportunidades do mercado. Assim, a recompra da Refinaria de Mataripe representa um momento significativo nesse cenário, onde a estatal busca reafirmar sua presença e influência no mercado de refino.
Conheça um pouco mais sobre a RLAM
A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, é uma das principais refinarias de petróleo do Brasil. A Refinaria de Mataripe desempenha um papel crucial no processamento de petróleo cru, transformando-o em uma variedade de produtos refinados, como gasolina, diesel, querosene, óleos lubrificantes, entre outros. Esses produtos refinados são essenciais para atender à demanda crescente por energia e combustíveis no Brasil.
