Potencial para gerar milhares de empregos: Oferta de gás natural à indústria impulsiona o mercado de trabalho no país, afirma Abiquim

A oferta de gás natural a preços competitivos para a indústria pode ser um dos principais impulsionadores da geração de empregos no Brasil. Essa é a afirmação do presidente executivo da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), André Passos.

Segundo ele, a indústria química possui investimentos de R$ 70 bilhões em novos projetos, desde que seja alcançada a meta necessária para suprir as demandas do setor. A disponibilidade de gás natural é considerada fundamental nesse processo, e tanto o setor industrial quanto o governo federal estão alinhados nesse objetivo.

O potencial de investimentos e a importância do gás natural

A indústria química necessita de 18 milhões de metros cúbicos de gás natural para destravar esses investimentos, conforme destacado por André Passos. Esse número já se tornou consenso tanto no setor industrial quanto no governo federal, contando com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O aumento da oferta de gás natural é visto como uma oportunidade para impulsionar a economia e criar empregos.

Com os investimentos estimados em R$ 70 bilhões, a indústria química brasileira poderá expandir suas operações e contribuir para o desenvolvimento do país. A Abiquim afirma ainda que o Brasil possui reservas suficientes de gás natural para atender às demandas da indústria nacional. Um estudo realizado em parceria com a PUC-RJ confirmará essa conclusão e será apresentado publicamente em breve.

A urgência de uma política pública para aumentar a oferta de gás natural

André Passos ressalta a importância de uma definição rápida de uma política pública para o aumento da oferta de gás natural à indústria. Os altos custos da matéria-prima já resultaram em uma capacidade ociosa de 35% na indústria química brasileira, além de uma queda na demanda e nas vendas de produtos para o mercado industrial nacional. A disponibilidade de gás natural a preços competitivos pode reverter essa situação, mobilizando a capacidade produtiva parada e estimulando o crescimento do setor.

A Abiquim apoia o programa “Gás para Empregar” do Ministério de Minas e Energia e enfatiza o compromisso da indústria nacional com essa iniciativa. Ainda não há uma data definida para o lançamento do projeto, mas os estudos técnicos e a modelagem do programa estão em fase final. O preço competitivo do gás natural é um dos principais pontos em discussão, com a estimativa de um valor de US$ 7 pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).

O potencial de criação de empregos e impactos econômicos

A oferta de gás natural a preços competitivos para a indústria pode gerar diversos benefícios econômicos e sociais para o país. Estudos indicam um acréscimo de R$ 75 bilhões ao PIB e a criação de até 325 mil novos empregos. Além disso, há a expectativa de contribuições significativas em termos de royalties, PIS/Cofins e ICMS.

A redução da dependência externa de insumos estratégicos para as cadeias produtivas nacionais, incluindo o agronegócio, é outro ponto positivo destacado. O programa “Gás para Empregar” poderá reduzir a importação de fertilizantes em até 85% e contribuir para a segurança alimentar do país.

Expectativas para o programa “Gás para Empregar”

A oferta de gás à indústria possui um potencial significativo para estimular a criação de empregos e impulsionar a economia do país. A indústria química, em particular, destaca o impacto positivo que a disponibilidade de gás natural a preços competitivos terá em seus investimentos e operações. O apoio do governo federal, aliado a uma política pública efetiva, é fundamental para que esse objetivo seja alcançado.

A expectativa é de que o programa “Gás para Empregar” traga resultados concretos, fortalecendo a indústria, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento econômico do Brasil. A Abiquim reafirma seu compromisso com essa iniciativa e espera avanços significativos no setor de gás natural nos próximos anos.