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Porto do Itaqui recebe primeira carga de trilhos para a nova ferrovia Fico, que impulsionará movimentação de grãos no complexo portuário

A construção da nova ferrovia denominada Fico conectará o complexo portuário às principais áreas de produção de grãos, impulsionando a movimentação dos produtos. A operação de chegada da primeira carga de trilhos no Porto do Itaqui marca início da construção.

by Redação Petrosolgas
A construção da nova ferrovia denominada Fico conectará o complexo portuário às principais áreas de produção de grãos, impulsionando a movimentação dos produtos. A operação de chegada da primeira carga de trilhos no Porto do Itaqui marca início da construção.

O Porto do Itaqui, localizado no estado do Maranhão, recebeu na terça-feira, (27/12), a primeira carga de trilhos que serão utilizados na construção da nova ferrovia entre os municípios de Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), denominado Fico — Ferrovia de Integração Centro Norte. A operação marcou o início da construção do projeto, que conectará o complexo portuário às principais regiões de produção de grãos do Arco Norte, possibilitando a expansão das atividades de movimentação de carga no local.

Operação de desembarque de carga de trilhos no Porto do Itaqui marcou o início da construção do projeto da nova ferrovia Fico

A semana iniciou com grandes avanços para o setor ferroviário brasileiro, visto que o Porto do Itaqui, localizado no estado do Maranhão, recebeu a primeira carga de trilhos que será utilizada no projeto de construção da Fico, a nova ferrovia de integração Centro Norte.

O novo trecho ferroviário ficará localizado entre os municípios de Mara Rosa (GO) a Água Boa (MT), com 383 km de extensão, e conectará o complexo portuário às principais áreas de produção de grãos do Arco Norte do Brasil.

Assim, a movimentação de soja e milho nos estados de Goiás e Mato Grosso será impulsionada, já que a ferrovia conectará as regiões ao Porto de Itaqui.

Em 2022 as exportações grãos (soja, milho e farelo) somam 16,2 milhões de toneladas e as importações de fertilizantes totalizam 2,5 milhões de tons, que juntos representam 63% das cargas movimentadas pelo Porto do Itaqui.

Assim, o diretor de Operações da Emap — Empresa Maranhense de Administração Portuária, Jailson Luz, destacou que o projeto de construção da Fico poderá impulsionar fortemente a movimentação de carga no Porto do Itaqui.

“A estimativa é de que esse trecho, uma vez em operação, promova um aumento de aproximadamente 7 milhões de toneladas no volume de grãos movimentados pelo Porto do Itaqui por ano”, afirmou o executivo.

Construção da nova ferrovia Fico entre Goiás e Mato Grosso fortalecerá a logística de movimentação de carga de grãos na região

A chegada da carga de trilhos no Porto do Itaqui marcou o avanço do projeto da nova ferrovia Fico entre os estados de Goiás e Mato Grosso.

A iniciativa fortalecerá ainda mais a logística de movimentação de grãos na área após a conexão com o complexo portuário, gerando mais desenvolvimento para toda a área de influência do Porto do Itaqui, que compreende o Matopiba (estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de Goiás e Mato Grosso.

Além disso, o primeiro trecho, que corresponde à região de Mara Rosa e Água Boa, representará a redução da utilização do modal rodoviário nas operações.

Com isso, o compromisso ambiental na movimentação de grãos será impulsionado, visto que haverá a minimização de emissão de gases nesse transporte.

A construção da Fico pela Vale representa uma contrapartida pela concessão antecipada da Ferrovia que ligará Vitória (ES) ao estado de Minas Gerais. Após sua finalização, ela se estenderá até Lucas do Rio Verde, um dos maiores centros de produção de grãos do país.

Conheça o Porto do Itaqui

O Porto do Itaqui tem conexão ferroviária direta com duas ferrovias, a Transnordestina (FTL), que passa por sete estados do Nordeste, do Maranhão a Sergipe (trecho de São Luís a Propriá) e tem 4.238 km de extensão; e a Estrada de Ferro Carajás (EFC), trecho concedido à Vale e operado pela VLI, com 892 km de extensão, ligando a capital maranhense a Carajás-PA. Além de graneis sólidos e líquidos, ela é utilizada para escoar a produção de celulose em Imperatriz-MA pelo Itaqui.

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