Placa Mercosul: Quando a troca é obrigatória e como fazer?

Desde sua implementação no Brasil, em 2020, a placa padrão Mercosul trouxe modernização ao sistema de identificação veicular, mas também levantou dúvidas entre os motoristas. Embora tenha se tornado obrigatória em algumas situações, a troca da antiga placa cinza pela Mercosul não é exigida para todos os veículos. Entender os casos em que essa mudança se faz necessária é fundamental para evitar contratempos e cumprir as normas de trânsito.

Quando a troca é exigida?

Um dos momentos mais comuns para a troca de placas é na aquisição de veículos novos. Nesse caso, o emplacamento no padrão Mercosul já ocorre automaticamente, dispensando preocupações para o comprador. No entanto, se o veículo for usado e ainda possuir a placa cinza, a substituição se torna obrigatória no momento da transferência de propriedade.

Outro cenário que demanda a troca é a mudança de endereço para outro estado ou município. Nessa situação, a legislação exige que o proprietário atualize a identificação veicular de acordo com o novo local de registro.

Além disso, situações imprevistas, como furto, perda ou dano da chapa de identificação, também obrigam a substituição pela placa Mercosul. Em casos como esses, a troca é indispensável para que o veículo continue em conformidade com as exigências legais.

Ainda que não seja uma exigência, muitos motoristas optam voluntariamente por adotar o novo padrão, seja pela estética mais moderna, pela percepção de maior segurança ou pela integração regional que a placa Mercosul oferece.

Como realizar a troca?

Para dar início ao processo de substituição, o proprietário deve procurar o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do estado onde o veículo está registrado. Uma diferença significativa em relação ao modelo anterior é que a confecção das placas no padrão Mercosul é feita por empresas privadas credenciadas. Isso significa que não há um valor fixo, já que cada empresa pode definir os preços de acordo com seus próprios critérios. Essa variação de custos reforça a importância de pesquisar e comparar os valores oferecidos antes de efetuar a troca.

Custos envolvidos

Além do custo da placa em si, outras taxas podem ser aplicadas, dependendo da situação do veículo. Em São Paulo, por exemplo, proprietários que ainda não realizaram o licenciamento anual precisam desembolsar uma taxa de R$ 452,79. Para aqueles que já estão em dia com o licenciamento, o valor é reduzido para R$ 285,05. Ambos os valores incluem a emissão de um novo CRV, documento essencial para completar o processo de substituição.

Esses custos, embora representem um investimento, são parte do compromisso com a regularização veicular e com as melhorias que o padrão Mercosul oferece, especialmente no que diz respeito à segurança e à praticidade.

Benefícios do padrão Mercosul

A adoção da placa Mercosul trouxe diversas vantagens para motoristas e autoridades. Um dos principais destaques é a maior segurança, com a inclusão de elementos como o QR code, que dificulta a clonagem e facilita a identificação do veículo. Além disso, a padronização entre os países do bloco econômico permite que os veículos circulem com mais facilidade em territórios como Argentina, Paraguai e Uruguai.

Outro ponto positivo é o design moderno e funcional. Com um visual mais limpo, a placa inclui a bandeira do Brasil e as informações de estado e município de registro, reforçando a identidade nacional. Esses fatores tornam a placa Mercosul uma opção não apenas mais segura, mas também mais alinhada às exigências contemporâneas de trânsito.

Embora a troca para o padrão Mercosul não seja obrigatória para todos os casos, manter-se atualizado sobre as situações em que ela se faz necessária é essencial para evitar penalidades. Mais do que uma exigência legal, a nova placa representa um avanço significativo no sistema de identificação veicular, garantindo mais segurança, integração e praticidade.