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PIB do primeiro trimestre da China crescerá cerca de 4%

PIB da China cresceu apenas 3% em 2022, um dos piores resultados em quase 50 anos!

by Daiane
PIB do primeiro trimestre da China crescerá cerca de 4%

Desde o início do presente ano, os principais indicadores econômicos chineses têm exibido uma contínua melhora. Como resultado, as expectativas do mercado têm se fortalecido e o desenvolvimento econômico do país encontra-se em pleno processo de recuperação. Diversos economistas sustentam que essa recuperação chinesa apresentará um vigoroso impulso, indicando que o crescimento do PIB da China para o primeiro trimestre deverá situar-se em torno de 4% ao ano, conforme noticiado pelo Securities Times na segunda-feira passada, 27 de março.

No decorrer dos dois primeiros meses deste ano, a produção industrial evidenciou um incremento de 2,4% ao ano, enquanto o índice de produção do setor de serviços experimentou um acréscimo de 5,5% anualmente no mesmo período.

Ao longo do mês de março, o PMI industrial manteve-se em patamar elevado, enquanto que o PMI não industrial continuou em ascensão. Consoante com a base baixa apresentada no mesmo período do ano anterior, é plausível que o crescimento econômico anual possa acelerar ainda mais. De acordo com as declarações de Bian Quanshui, pesquisador macroeconômico chefe da Western Securities, a recuperação econômica observada desde o início do ano superou as expectativas, sendo que o crescimento do PIB para o primeiro trimestre deverá ser superior ao esperado, situando-se em torno de 3,4% a 4%.

Aumento de 1,1% do PIB da China em relação ao quarto trimestre de 2022

De acordo com Feng Lin, pesquisador da Golden Credit Rating, espera-se que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano atinja cerca de 4,0%, aumentando 1,1 pontos percentuais em comparação ao quarto trimestre de 2022. Ele afirmou que o rápido aumento do consumo doméstico e do investimento em infraestrutura são os principais impulsionadores para a recuperação econômica nesse período. Além disso, o investimento industrial resistente e a redução do efeito de arrasto do investimento imobiliário também contribuíram para o crescimento econômico.

Segundo o pesquisador, a crescente demanda do mercado também desempenha um papel importante no aumento da confiança no investimento em manufatura, que permanecerá resiliente a curto prazo. Já o relatório de pesquisa da Great Wall Securities indica que o PIB no primeiro trimestre deve se recuperar para cerca de 4,3%, dos quais os gastos de consumo do governo e a formação de capital serão importantes forças de apoio para a recuperação econômica, atingindo cerca de 0,8% e 2 pontos percentuais, respectivamente.

Como o consumo doméstico é fundamental para o crescimento econômico, Feng Lin acredita que as políticas macro precisam continuar impulsionando o consumo, estabilizando o investimento e aumentando a confiança do mercado. Portanto, as autoridades devem monitorar de perto esses indicadores e implementar medidas que impulsionem ainda mais o desenvolvimento econômico do país.

Sobre a economia, inflação e PIB chinês

A economia da China tem sido objeto de atenção global nos últimos anos, devido à sua crescente importância no cenário econômico mundial. Nos últimos anos, a economia chinesa se expandiu a um ritmo acelerado, tendo o PIB passado de US$ 1,2 trilhão em 1990 para US$ 14,3 trilhões em 2020. O país é a segunda maior economia do mundo, depois dos Estados Unidos. E pode passar a superpotência antes mesmo de 2030.

A economia chinesa é baseada em um modelo de desenvolvimento liderado pelo Estado, que combina o investimento em infraestrutura e o crescimento do setor industrial com uma abertura gradual ao comércio internacional. Nos últimos anos, o país tem feito esforços para diversificar sua carteira, investindo em setores como serviços e tecnologia.

O histórico da inflação da China tem sido relativamente estável nas últimas décadas, com uma taxa média anual de 2,9% entre 1990 e 2020. No entanto, a inflação tem sido um problema em momentos de grande expansão econômica, como em 2007 e 2011, quando atingiu picos de 6,5% e 5,4%, respectivamente.

Apesar dos desafios enfrentados pela economia chinesa, como a desaceleração do crescimento e as tensões comerciais com os Estados Unidos, o país tem se mostrado resiliente. O país continua a ser um importante motor do crescimento global e deve permanecer assim nos próximos anos.

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