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PetroReconcavo bate de frente com gigantes e uma nova era no processamento de gás começa agora!

PetroReconcavo deixa de lado as terceirizações e agora inicia uma nova era no processamento de gás. Empresa começará atividades até o fim do ano na Bahia.

by Marcelo Santos
PetroReconcavo bate de frente com gigantes e uma nova era no processamento de gás começa agora!

PetroReconcavo inicia suas atividades no processamento de gás e já está planejando investimentos na área, enquanto tenta buscar melhores condições nos contratos com prestadores de serviço. A empresa se prepara para começar, até o fim do ano, as operações de sua nova Unidade de Tratamento de Gás (UTG) de São Roque, na Bahia.

Novos investimentos em processamento de gás

Atualmente, a companhia possui todo o seu gás natural processado em fábricas de terceiros (da Petrobras na BA e da 3R Petroleum no RN) e agora, começa a montar sua infraestrutura própria. A PetroReconcavo independente já estuda novos investimentos em processamento, tanto na Bahia quanto no Rio Grande do Norte, ao mesmo tempo, em que manifesta interesse em fechar parcerias com os donos das infraestruturas existentes. Este é mais um episódio da reacomodação dos agentes do setor, em meio à abertura do mercado. A dinâmica da infraestrutura de processamento de gás onshore do Nordeste está em transformação este ano. A 3R Petroleum se tornou, com a conclusão da compra do Polo Potiguar, da Petrobras, a mais nova operadora privada da UPGN de Guamaré. A estatal, por suavez, desistiu da venda do Polo Bahia Terra, apesar de afirmar estar em busca de parcerias. A Origem Energia planeja a expansão da UPGN de Pilar e, agora, a  PetroReconcavo busca se posicionar no mercado. A empresa prevê começar as operações da UTG São Roque até o fim do ano. É uma unidade do tipo de adequação de ponto de orvalho, uma espécie de unidade de tratamento simplificada, para processamento do gás dos campos Mata de São João, Remanso, Riacho de São Pedro e Jacuípe, na Bahia.

PetroReconcavo apresenta proposta em parceria com a Eneva

A capacidade da UTG na Bahia é de 400 mil m³ por dia e permitirá à empresa entregar gás especificado diretamente na malha da Bahiagás, sem passar pela rede da Transportadora Associada de Gás (TAG). Com o novo ativo, a PetroReconcavo reduz sua exposição à contratação da UTG de Catu, da Petrobras, e, consequentemente, aos custos de processamento associados e eventuais restrições operacionais. A petroleira independente chegou a apresentar uma proposta, em parceria com a Eneva, para a compra do Polo Bahia Terra, que conta com campos terrestres e a infraestrutura de processamento de Catu, entretanto, a Petrobras, sob a gestão de Jean-Paul Prates, desistiu da negociação. Agora com infraestrutura própria para o processamento de gás, a empresa aposta em ganhos de margem.

PetroReconcavo está avançada na estruturação de uma UPGN

Segundo o diretor de Comercialização e Novos Negócios da PetroReconcavo, João Vitor Moreira, durante teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados financeiros do terceiro trimestre, na última sexta-feira (10), isso faz com que não exista custo de transporte, que acredita que é muito substancial no preço do gás natural. Isso faz com que o preço final fique melhor e seja possível atingir uma margem melhor. Marcelo Magalhães, CEO da PetroReconcavo, afirmou na sexta que a empresa também está avançando na estruturação de um projeto de uma UPGN complementar na Bahia, uma unidade mais completa, com capacidade de processar os condensados e produzir GLP. A petroleira também cogita investir em processamento no Rio Grande do Norte. O pano de fundo, neste caso, é a negociação das condições de acesso à infraestrutura existente de Guamaré. Ao comprar o ativo, a 3R Petroleum herdou o contrato entre PetroReconcavo e Petrobras para processamento. A PetroReconcavo deseja reduzir os custos envolvidos no contrato, que vence no próximo ano.

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