A nova estratégia da Petrobras prevê mais refino, térmicas a gás e FPSOs eletrificados. A lista de investimentos sazonados está em avaliação econômica, e incluso nos investimentos estão as eólicas offshore e hidrogênio. Mesmo o foco da Petrobras sendo em exploração e produção, os novos investimentos da estatal fazem menção aos projetos de aumento de capacidade no refino, como da Rnest, localizada em Pernambuco, e a construção do segundo trem da unidade.
Investimentos de mais de R$ 70 bi da Petrobras em refino, gás e mais
De 2023 a 2027, a Petrobras visa investimento de mais de R$ 70 bilhões, porém o PT quer ainda mais. Logo após a divulgação do novo plano de negócios, a Petrobras fez uma listagem de diversos projetos que, ainda em avaliação econômica ou já maduros, já irão sair do papel, porém, apenas depois do horizonte atual de investimentos já em planejamento, que seguirão até o ano de 2027.
Os projetos estão engavetados, mas podem ser desenvolvidos no próximo governo. Presentes neles estão novas unidades e aportes em refinarias já em funcionamento; terminais e gasodutos offshore, geração térmica a gás; oleodutos; e novos modelos de FPSOs, eletrificados.
A térmica a gás natural no polo Gaslub, localizado em Itaboraí, no Rio de Janeiro, é o destaque do nicho dentro dos investimentos da estatal, onde irá chegar o Rota 3, com gás retirado do pré-sal, a partir de 2024.
Já nos investimentos em refino, há diversos projetos de aumento na capacitação, por exemplo, da Rnest, em Pernambuco, e também da construção do segundo trem, que está sendo analisado a sua viabilidade. A Petrobras anteriormente tentou vender a refinaria, porém, não obteve sucesso.
FPSOs eletrificados, biorrefino e mais investimentos
A lista de investimentos consta oleodutos, terminais, novas unidades em refinarias efetivas, e também as plantas de biorrefino, que são unidades de processamento sustentável de biomassa que entregará primeiramente, o diesel com parcela renovável de 5% (R5) e, mais adiante, o diesel verde (R100) e bioQAV.
Esta listado a contratação de duas plataformas totalmente eletrificadas, as FPSOs, e contam com um sistema que evita a queima de gás ventilado de rotina, e esse é mais um dos desafios da descarbonização da produção global de óleo.
As plataformas Sépia 2 e Atapu 2, previstas em contrato, são propícias para os campos do pré-sal da Bacia de Santos e entrada em operação pós-2027. O investimento nessas plataformas chega à casa dos US$ 3 bilhões.
Hidrogênio, eólicas offshore e aumento nos investimentos
As eólicas offshore e produção de hidrogênio também constam na lista de investimentos da estatal, porém estão classificadas para aprofundamento de estudos. Vigente no plano, o foco da descarbonização visa a produção e mais refino, com menos emissões desses gases.
Os investimentos são de US$ 4,4 bilhões na linha de clima. Até o momento, algumas empresas já demonstraram interesse nas eólicas offshore no Brasil, sendo elas a: Shell, Equinor e a TotalEnergies.
A ampliação de investimentos da Petrobras é discutida pelo PT, que visa a autossuficiência nacional no abastecimento e ampliação do portfólio de fontes enérgicas.
