A Petrobras está de olho nas necessidades do mercado de combustíveis brasileiro e planeja investir na expansão da fronteira de exploração do gás natural. Com o Projeto Sergipe Águas Profundas em andamento, a empresa contratou duas novas plataformas FPSO para atividades futuras na Bacia de Sergipe-Alagoas, a SEAP I e a SEAP II. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, confirmou que o projeto prevê uma oferta ainda maior de gás natural no mercado.
Petrobras contrata duas novas plataformas FPSO para expandir fronteira de exploração do gás natural na região da Bacia de Sergipe-Alagoas
Gigante no ramo de petróleo e gás, a Petrobras iniciou o processo de contratação para o afretamento de duas embarcações flutuantes, de produção, armazenamento e descarga (FPSO), para aumentar a oferta de gás natural no país. Esses dois FPSOs serão implantados em ativos em águas profundas localizadas na Bacia de Sergipe-Alagoas, no Brasil, a cerca de 100 km da costa, como parte do Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP).
A Petrobras espera que esses dois FPSOs estratégicos ampliem a disponibilidade de gás natural no território nacional, além de abrir uma nova fronteira de produção na região Nordeste. Segundo a empresa, cada plataforma terá capacidade para processar até 120 mil barris de petróleo por dia e oferecer até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além disso, o óleo da região é considerado de boa qualidade, entre 38 e 41 graus API, o que o torna de maior valor comercial, trazendo ainda mais benefícios para a utilização das embarcações na área.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, destacou que a Bacia de Sergipe-Alagoas tem reservas expressivas e um grande potencial para aumentar a oferta de gás natural no país, reduzindo a dependência da importação desse insumo. Ele também ressaltou que o gás é um combustível crucial para a transição energética, oferecendo versatilidade de aplicação, previsibilidade de entrega e eficiência nas emissões.
“O projeto Sergipe Águas Profundas se destaca pelas reservas expressivas, com potencial de impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo. Outra vantagem é que o gás é o combustível crucial de transição energética. Não só por sua versatilidade de aplicação — como fonte de energia para as mais diversas indústrias — e previsibilidade de entrega, mas principalmente por sua eficiência em emissões”, revela Prates.
Projeto Sergipe Águas Profundas (SEAP)
A Petrobras vem se mostrando cada vez mais voltada para as necessidades do mercado de gás natural brasileiro. Com a nova contratação das embarcações, ela reforça sua posição no ramo. No final de 2021, foi declarado acerca da comercialidade de 7 campos na Bacia de Sergipe-Alagoas. Os campos em águas profundas são: Cavala, Budião Noroeste, Budião Sudeste, Budião, Palombeta, Agulhinha oeste e Agulhinha.
Conforme dito anteriormente, serão duas novas plataformas para atuar no projeto Sergipe Águas Profundas. Onde, no projeto SEAP I, estão inclusas as jazidas pertencentes aos campos de Agulhinha, Agulhinha Oeste, Cavala e Palombeta. Já o projeto SEAP II abrange jazidas que pertencem aos campos de Budião, Budião Noroeste e Budião Sudeste.
Projeto de expansão de gás natural na Bacia de Sergipe-Alagoas pode abrir novas fronteiras para fortes investimentos no segmento de gás nacional
A Petrobras acredita que o projeto abre um novo horizonte para investimentos com expressivo volume de gás, trazendo uma série de oportunidades para o setor e para os estados de Sergipe e Alagoas. Além disso, a expansão da fronteira na Bacia de Sergipe-Alagoas pode criar “um novo marco tecnológico” no país, que é a implantação de um projeto de produção em lâmina d’água acima de 2.500 metros, podendo chegar até 3.000 metros.
A estatal utilizou soluções avançadas, como melhorias no sistema de tratamento e injeção da água produzida no reservatório, e novas tecnologias com maior eficiência para alcançar esse objetivo de maneira comprometida. Agora, com a contratação das novas plataformas FPSO, a Petrobras dá mais um importante passo para a produção de gás natural no projeto da Bacia de Sergipe-Alagoas.