A Petrobras, que atua com a exploração e produção de petróleo em águas profundas, iniciou o processo de contratação de duas unidades de produção FPSOs (Floating, Production, Storage and Offloading) para as jazidas compartilhadas de Atapu e Sépia.
A estatal passou a deter 65,7% do depósito compartilhado de Atapu, as plataformas P-84 (Atapu) e P-85 (Sepia) terão capacidade de produção diária de 225 mil barris de petróleo cada. É esperado que as propostas de contratação sejam recebidas em julho deste ano e a produção comece em 2028.
O que é e como funciona uma plataforma FPSO?
A Unidade Estacionária de Produção (UEP) é a mais utilizada no desenvolvimento de Campos Offshore no Brasil, a principal dessas unidades é a FPSO que é utilizada principalmente em águas profundas e ultraprofundas, além dela existem vários tipos de unidades de produção, como plataformas fixas e semi submersíveis, a principal função do FPSO é o processamento primário do óleo extraído do reservatório.
Após feita a separação, o óleo produzido é armazenado em tanques e posteriormente transferido para um navio aliviador, por possuir grande capacidade de armazenamento e planta de beneficiamento, o FPSO é a UEP ideal para ser utilizado em campos cuja produção ocorre a grandes distâncias da costa brasileira.
A contratação de plataformas tipo FPSO pela Petrobras
A Petrobras acelerou o processo de contratação de duas plataformas do tipo FPSO, ambas serão construídas para as jazidas compartilhadas de Atapu e Sépia, o projeto da plataforma representa um passo na evolução tecnológica para a redução das emissões de gases de efeito estufa, com destaque para a introdução do conceito All Electric em projetos desse porte.
As plataformas terão uma capacidade de produção de 225 mil barris de óleo e 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia, cada uma. O direito para a exploração dos campos onde ficarão as plataformas foi concedido no ano passado por meio de um leilão para a estatal brasileira e mais duas outras companhias, a Shell e a Total Energies.
Conceito All Electric
O conceito All Electric é ambientalmente desejável e relevante para a trajetória de descarbonização e cumprimento dos compromissos de sustentabilidade da Petrobras, ter uma melhor eficiência carbônica também favorece a indústria nacional, pois há mais possibilidade de oferecer equipamentos nacionais em substituição aos que hoje são importados.
Representando maior competitividade para o petróleo e gás brasileiro nos futuros mercados internacionais, é esperado que o projeto reduza a intensidade das emissões de gases de efeito estufa em 30% por barril de óleo equivalente produzido, otimizações na planta de processamento para aumentar a eficiência energética e incorporação de diversas tecnologias.
Petrobras fecha acordo com OGMP
Foi anunciado pela estatal brasileira um acordo realizado com a Oil & Gas Methane Partnership (OGMP), uma iniciativa global coordenada pela Organização das Nações Unidas que se dedica à quantificação e gestão de emissões de metano, visando a mitigação das mudanças climáticas.
Segundo Rafael Chaves, Diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, é um compromisso da Petrobras mitigar as emissões de gases de efeito estufa. Segundo ele, a adesão a OGMP será uma contribuição para consolidar uma conquista da Petrobras que foi a redução em 55% da emissão de metano no upstream entre os anos de 2015 e 2022.