A Petrobras e a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) reafirmaram, na segunda-feira, 4 de setembro, a decisão conjunta de continuar o processo de privatização da Usina Elétrica de Gás de Araucária (UEGA). As empresas, sócias na administração da usina de gás natural, anunciaram essa iniciativa em dezembro do ano passado, e agora seguem em direção à venda das ações da UEGA.
Petrobras e Copel confirmam venda de usina de gás natural
A Copel possui uma participação direta e indireta de 81,2% no capital social total e votante da UEGA, enquanto a Petrobras detém os 18,8% restantes. O acordo de venda conjunta entre as duas empresas visa a comercialização de 100% das ações da UEGA, uma usina de geração a gás natural localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba.
A UEGA, inaugurada em 2002, é uma usina de geração a gás natural, operando com um ciclo combinado de duas turbinas a gás e uma turbina a vapor. A unidade tem uma capacidade total de 484 MW e desempenha um papel crucial no fornecimento de energia para os mercados das regiões Sul e Sudeste do Brasil.
Decisão alinhada com as estratégias empresariais da Petrobras e da Copel
A decisão de desinvestimento da UEGA está alinhada com os esforços de descarbonização da matriz de geração da Copel, bem como com o Planejamento Estratégico Empresarial da companhia, conhecido como Visão 2030. Essa medida fortalece os pilares da perenidade e do crescimento sustentável dos negócios da Copel.
Tanto a Copel quanto a Petrobras estão comprometidas em maximizar o valor de seus portfólios, com ênfase em ativos rentáveis, reposição de reservas de óleo e gás natural, exploração de novas fronteiras e promoção da descarbonização das operações. A privatização da UEGA faz parte de um processo de gestão ativa do portfólio das empresas, alinhado com seus direcionadores estratégicos.
Processo de venda de ativos
A Petrobras também confirmou a continuidade do processo de venda de ativos, incluindo a participação na sociedade Brasympe, que detém a Unidade Termoelétrica (UTE) Termocabo e a UTE Suape II. Ambas as usinas são movidas a óleo combustível e possuem 20% dos ativos pertencentes à Petrobras.
Além das confirmações de processos de venda, a Petrobras anunciou o encerramento de desinvestimentos em ativos como o Polo Urucu, Polo Bahia Terra, Campo de Manati e da Petrobras Operaciones S.A., subsidiária da Petrobras na Argentina. Essas decisões foram baseadas na aderência estratégica ao portfólio e no perfil de rentabilidade das unidades.
Futuro sustentável para o setor energético
A decisão conjunta da Petrobras e Copel de continuar o processo de privatização da Usina Elétrica de Gás de Araucária demonstra o compromisso das empresas com a eficiência, a sustentabilidade e a busca por operações alinhadas aos objetivos estratégicos. Enquanto avançam na venda de ativos, ambas as empresas estão empenhadas em fortalecer suas operações e promover um futuro mais sustentável para o setor energético.
Sobre a Copel
A Companhia Paranaense de Energia, conhecida como Copel, foi fundada em 26 de outubro de 1954, tendo o Estado do Paraná como seu acionista majoritário. Em abril de 1994, a empresa abriu seu capital na BM&FBovespa e em julho de 1997 se tornou a primeira do setor elétrico brasileiro a ser listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque.
Atualmente, as usinas, linhas de transmissão e distribuição da Copel desempenham um papel crucial ao fornecerem energia, conforto e estabilidade social não apenas ao Estado do Paraná, mas também a estados vizinhos. Essa trajetória de progresso ao longo de mais de seis décadas é fruto do aproveitamento do potencial hidráulico, do conhecimento tecnológico e, sobretudo, do espírito empreendedor e criativo dos profissionais que compõem a empresa.