A Petrobras anunciou uma parceria com a ABL, consultoria marítima com sede em Oslo, para o transporte de um FPSO do estaleiro de Yantai, China, até o campo de Mero, na Bacia de Santos. A ABL atuará como mestre de reboque, supervisionando as operações durante o trajeto de 12.108 milhas náuticas. O FPSO Marechal Duque de Caxias será instalado no campo de Mero, contribuindo para as fases futuras de desenvolvimento de produção na região. A Petrobras visa aumentar a produção para 2,4 milhões de barris de óleo equivalente até 2027 e reforçou os investimentos em sustentabilidade no projeto.
ABL conquista novo contrato com a Petrobras para operações no campo de Mero
A Petrobras recentemente anunciou uma parceria com a ABL, uma consultoria marítima e de energia com sede em Oslo. O objetivo é o transporte de um FPSO de Yantai, China, para o campo de Mero, localizado na Bacia de Santos, na costa brasileira.
A ABL, selecionada como mestre de reboque para este projeto, atuará como representante da Petrobras durante o reboque do FPSO por 12.108 milhas náuticas. O rebocador, proveniente das operações da ABL em Cingapura, supervisionará todas as operações marítimas, garantindo conformidade com as recomendações aprovadas e a documentação processual.
Phong Chong Hui, Country Manager da ABL em Cingapura, destaca a complexidade do procedimento, considerando as dimensões do FPSO, com 270 metros de comprimento e arqueação bruta de 150 mil. Ao chegar ao Brasil, o FPSO Marechal Duque de Caxias será instalado no campo de Mero, a 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em águas profundas da Bacia de Santos.
Petrobras investe no mercado de óleo e gás nacional com foco no campo de Mero
O FPSO do novo contrato com a ABL é parte da terceira fase de desenvolvimento do campo, conhecida como Mero-3, uma das principais apostas da Petrobras para o mercado petrolífero nacional. Simon Healy, diretor administrativo regional da ABL para a região Ásia-Pacífico, ressalta o papel da ABL na garantia de padrões de segurança e qualidade durante os procedimentos mais complexos.
Isso visa mitigar riscos e custos imprevistos que podem impactar os resultados financeiros do projeto. Assim, a escolha da Petrobras pelo contrato com a companhia foi altamente estratégica. Além do projeto atual da plataforma no campo de Mero, a estatal também revelou planos de colocar em operação mais 11 unidades FPSO na camada pré-sal offshore do Brasil.
Nos próximos cinco anos, os investimentos de 102 mil milhões de dólares do setor serão direcionados principalmente para exploração de petróleo e gás, enquanto 11,5 mil milhões de dólares serão destinados a projetos que visam reduzir a pegada de carbono. Dessa forma, a Petrobras reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Entenda a importância da Bacia de Santos para o setor de petróleo e gás brasileiro
A Bacia de Santos é gigante adormecida que despertou para impulsionar o Brasil. Localizada na costa sudeste, com seus 350 mil quilômetros quadrados, guarda em seu interior um oceano de petróleo, especialmente no pré-sal, onde jazem mais de 70% das reservas provadas do país.
Essa riqueza se traduz em números impressionantes: a Bacia de Santos é responsável por mais de 70% da produção nacional de petróleo, com 2,67 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2021, um recorde histórico. Estima-se que as reservas do pré-sal na bacia ultrapassem 100 bilhões de barris, colocando o Brasil entre as cinco maiores reservas mundiais.
O impacto econômico da Bacia de Santos é colossal. A produção de petróleo impulsiona o PIB, gerando renda e milhares de empregos. A bacia também contribui significativamente para a balança comercial brasileira, com a exportação de petróleo e gás natural. O desenvolvimento da Bacia de Santos impulsionou o crescimento de diversos setores da economia brasileira, como a indústria naval, a construção civil e a indústria de serviços.
Mas nem tudo são flores. A exploração do pré-sal na Bacia de Santos apresenta desafios técnicos e tecnológicos, devido à grande profundidade e às complexas condições geológicas. A Bacia de Santos também enfrenta desafios socioambientais, que exigem medidas para minimizar os impactos da exploração de petróleo e gás natural.