A Petrobras anunciou a finalização da concorrência para o fornecimento de tubos flexíveis para o campo de Búzios 10, situado na Bacia de Santos, após uma disputa que levantou debates no setor e contou com a participação de grandes nomes da engenharia offshore. O resultado, divulgado oficialmente no dia 4 deste mês, trouxe a empresa Subsea 7 como vencedora, com uma proposta avaliada em R$ 1,950 bilhão. Entretanto, uma reportagem da Petronotícias revelou que a Petrobras teria buscado uma segunda proposta para evitar que a Subsea 7 competisse sozinha, o que gerou uma série de reações e novas especulações.
Inicialmente, a Subsea 7 foi a única empresa a apresentar proposta para o contrato de Búzios 10, o que causou apreensão entre stakeholders e reguladores. Em uma medida estratégica, a Petrobras convenceu a AllSeas, uma das maiores empresas de tecnologia submarina, a participar da licitação, aumentando a competitividade. Mesmo sem ter embarcações específicas para lançamento de tubos flexíveis no campo de Búzios, a AllSeas atendeu ao pedido da estatal e apresentou uma proposta de R$ 2 bilhões, superando a oferta inicial da Subsea 7.
A entrada da AllSeas não apenas elevou o valor das propostas, mas também adicionou complexidade ao processo de seleção. O resultado final apontou a AllSeas como vencedora, embora a proposta da Subsea 7 tivesse sido reajustada para R$ 2,2 bilhões, segundo o apurado pelo Petronotícias. Esse movimento levantou questionamentos sobre as decisões e estratégias de fornecimento da Petrobras.
Em meio ao processo, a figura de Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou-se pela postura rígida na avaliação de contratos e transparência das negociações. Chambriard é conhecida por sua inflexibilidade em relação a qualquer tipo de dúvida ou influência indevida, promovendo um ambiente de controle rígido sobre as negociações e decisões da empresa.
Além disso, o anúncio da vitória da AllSeas teria gerado um clima tenso internamente, especialmente para a gerente geral de suprimentos da Petrobras, Marina Quinderê, responsável por apresentar a proposta inicial ao conselho de diretores. A decisão de buscar uma segunda empresa para a concorrência colocou a gestão de Quinderê em uma posição delicada, já que a escolha inicial indicava a Subsea 7 como única proponente. Agora, há um debate interno sobre a condução do próximo processo de seleção, incluindo a possibilidade de uma investigação interna sobre as decisões tomadas.
Localizado na Bacia de Santos, o Campo de Búzios é considerado um dos maiores produtores de óleo e gás em águas profundas do mundo, com uma área de 852 km², o equivalente a aproximadamente 115 mil campos de futebol. Para se ter uma ideia da dimensão, o campo possui uma área comparável ao dobro da Baía de Guanabara, e a espessura do reservatório, com até 480 metros, é similar à altura do famoso Pão de Açúcar.
Desde o início das operações em 2018, o Campo de Búzios tornou-se rapidamente o segundo maior campo de produção do Brasil, atrás apenas do Campo de Tupi, também localizado na Bacia de Santos. A grandiosidade de Búzios vai além do seu tamanho; o campo representa uma reserva estratégica para o futuro da produção energética do país, impulsionando o desenvolvimento tecnológico e a expansão do setor de óleo e gás.
O resultado da concorrência de Búzios 10 reacende o interesse em futuros projetos no campo, incluindo Búzios 11, cujo anúncio está previsto para o dia 30 deste mês. Além disso, a empresa Subsea 7 já é apontada como possível candidata para outras áreas, como Atapu 2 e Sépia 2, aumentando sua presença nas operações da Petrobras. Segundo o protocolo de contratações da estatal, o processo envolve diversas instâncias internas, desde a engenharia até o departamento de suprimentos e, finalmente, a aprovação pelo conselho de administração.
A situação também reflete no mercado offshore, com empresas como Technip e outras gigantes do setor em posicionamento estratégico para futuras licitações. De acordo com o Petronotícias, a Subsea 7 e a Technip têm boas chances de expandir sua atuação nas próximas etapas dos projetos de Búzios, Atapu e Sépia, fortalecendo o setor de infraestrutura submarina do Brasil.
A concorrência de Búzios 10 ilustra a complexidade e a importância das operações da Petrobras no desenvolvimento de campos de petróleo em águas profundas, um setor que demanda alto investimento e um rigoroso controle de qualidade. Em um cenário marcado pela busca de transparência e eficiência, a Petrobras caminha para reforçar sua imagem e confiança no mercado. Sob a liderança de Chambriard, a estatal tem reforçado práticas de compliance e revisão interna, visando a uma maior responsabilidade corporativa e redução de riscos.
Esse rigor, que por vezes gera tensões entre executivos e parceiros, também estabelece um padrão elevado de expectativas para futuras parcerias. Com campos de grande porte como Búzios, Tupi, Atapu e Sépia, a Petrobras está consolidando o Brasil como um dos principais players do setor de óleo e gás mundial.
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