A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (28) que assinou dois acordos com os principais bancos da China atuantes no setor de petróleo, gás e energia: O Bank of China e o China Development Bank (CDB). Os memorandos de entendimento foram fechados durante a viagem do presidente da estatal, Jean Paul Prates, à China.
Segundo a Petrobrás, os acordos de projetos têm como foco avaliar as oportunidades de investimentos em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes. Além disso, a parceria pode ainda ajudar a financiar a cadeia de fornecedores brasileiros da Petrobras e incrementar as trocas comerciais e financeiras entre a petroleira e as empresas chinesas.
As cerimônias de assinatura dos acordos contaram com a presença do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e do diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Sergio Caetano Leite, além dos principais executivos das duas instituições financeiras.
Os memorandos de investimentos são de caráter não vinculante e, quando as análises técnicas necessárias e estimativas de custo, prazo e retorno forem finalizadas, os projetos estarão em condições de serem apreciados pelas devidas instâncias de aprovação interna, segundo a governança da Petrobrás. Os acordos possuem prazo de 5 anos e estão alinhados com os elementos estratégicos do Plano Estratégico 2024 – 2028.
Prates destacou que as assinaturas dos dois acordos para investimentos de projetos de baixo carbono representam um passo importante de aproximação da Petrobrás com a China, em linha com recentes ações desenvolvidas pela companhia no Brasil.
As duas iniciativas para investimentos em projetos de baixo carbono são extremamente importantes para fortalecer a parceria da petroleira com a China Development Bank e com o Bank of China. A China será um parceiro decisivo na estratégia da Petrobras para retomar presença global. Prates enxerga o mercado chinês como prioritário nesse processo. A empresa buscará oportunidades e atuará em parceria com empresas chinesas e de outros países.
Prates destaca que os acordos de investimentos em projetos de baixo carbono estão alinhados aos elementos estratégicos do Plano 24-28, cujo objetivo é preparar a Petrobras para um futuro mais sustentável em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes, contribuindo para o sucesso de sua transição energética. Segundo Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética, a Petrobrás planeja entrar no mercado de negociação de créditos de carbono, tanto na ponta de compra como de venda.
Além da Petrobrás, outras empresas do setor de petróleo e gás estão investindo em iniciativas verdes. É o caso da Equinor, que inaugurou o maior parque de energia eólica offshore do mundo, ao largo da costa ocidental da Noruega.
O empreendimento da gigante recebeu o nome de Hywind Tampern que, com 88 MW de capacidade, entregará energia para abastecer as plataformas de petróleo e gás das proximidades. O projeto, que utiliza uma nova tecnologia para ligar 11 turbinas eólicas ao fundo do mar, tem gerado reações diversas nos ambientalistas.
Embora ajude na redução das emissões das plataformas, os defensores climáticos afirmam que está na hora de parar por completo a perfuração de combustíveis fósseis.
A questão de saber se as empresas petroleiras podem ou não fazer parte da transição para as energias renováveis é também uma questão muito polêmica. Um novo relatório da Greenpeace sublinha o papel reduzido que a energia eólica e outras soluções energéticas desempenham na carteira da Equinor.
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