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Petrobras aplica tecnologia HISEP® no campo de mero – um salto no setor de petróleo

A nova tecnologia HISEP® da Petrobras promete aprimorar a separação de óleo e gás no fundo do oceano.

by Marcelo Santos
Petrobras aplica tecnologia HISEP® no campo de mero - um salto no setor de petróleo

A Petrobras firmou um contrato revolucionário com a empresa FMC Technologies do Brasil, subsidiária da TechnipFMC, para impulsionar o desenvolvimento da tecnologia HISEP®. Essa inovação tem como objetivo aprimorar a separação de petróleo e gás no fundo do oceano, com ênfase na reinjeção do gás rico em CO₂ nos reservatórios. O projeto Mero 3, localizado no pré-sal brasileiro, se tornará pioneiro na aplicação dessa tecnologia.

Conheça a tecnologia HISEP® da Petrobras

A tecnologia HISEP® foi concebida no Centro de Pesquisas da Petrobras, conhecido como Cenpes, com o intuito de agregar valor aos campos que apresentam alta Razão Gás-Óleo (RGO) e teor de CO₂. Essa tecnologia inovadora permite a separação do gás associado produzido, rico em CO₂, diretamente no fundo do mar, transferindo parte do processo de separação das tradicionais plantas de processamento de petróleo e gás para o solo marinho.

O HISEP® apresenta um potencial significativo de aumentar a produção, aliviando as plantas de processamento de gás de superfície, ao mesmo tempo em que contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa. Essa iniciativa faz parte do portfólio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Petrobras, com a colaboração de seus parceiros no Consórcio Libra.

Testes essenciais no horizonte

A próxima etapa deste projeto inovador envolve a interligação da unidade piloto de separação submarina HISEP® ao FPSO Marechal Duque de Caxias, parte integrante do projeto Mero 3 na área do pré-sal da Bacia de Santos. Esses testes são fundamentais para alcançar a maturidade tecnológica e comercial da tecnologia HISEP®. O contrato celebrado com a TechnipFMC abrange diversas etapas e aspectos do projeto, incluindo:

  • Engenharia e fabricação: Engenheiros e especialistas trabalharão arduamente na criação de equipamentos submarinos que desempenharão um papel crucial na implementação bem-sucedida do HISEP®;
  • Instalação e manutenção: A instalação desses equipamentos será realizada com precisão, e a manutenção contínua garantirá o funcionamento eficiente da tecnologia HISEP® após a validação;
  • Equipamentos submarinos: O contrato engloba a fabricação de manifolds, tubos flexíveis e rígidos, umbilicais e sistemas de distribuição de energia submarina, elementos essenciais para o sucesso do projeto.

Descarbonização e sustentabilidade nos projetos Petrobras

Carlos Travassos, diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, destacou a importância desse contrato, especialmente por utilizar uma tecnologia patenteada pela Petrobras. Ele ressaltou que o HISEP® será uma ferramenta essencial no processo de descarbonização das operações da empresa, contribuindo para a transição energética justa.

O FPSO Marechal Duque de Caxias, que fará parte do projeto Mero 3, será a quarta unidade instalada no campo de Mero. Com uma capacidade de processamento impressionante de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia, ele desempenhará um papel fundamental na produção do campo.

Projeto Mero 3

Os contratos de afretamento e de serviços têm uma duração substancial de 22 anos e meio, a partir da aceitação final da unidade, prevista para o segundo semestre de 2024. O projeto prevê a interligação de 15 poços ao FPSO, sendo 8 produtores de óleo e 7 injetores de água e gás, através de uma infraestrutura submarina composta por dutos rígidos de produção e injeção, dutos flexíveis de serviços e umbilicais de controle.

O campo unitizado de Mero é o terceiro maior do pré-sal e está localizado no Bloco de Libra, pertencente ao Consórcio de Libra. A Petrobras lidera o consórcio com uma participação de 38,6%, em parceria com a Shell Brasil Petróleo Ltda. (19,3%), TotalEnergies EP Brasil Ltda. (19,3%), CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (9,65%), CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A. – PPSA (3,5%).

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