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Petrobras anuncia investimento de R$ 90 milhões em pesquisa de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte

Rio Grande do Norte se consolida como polo de desenvolvimento de tecnologias sustentáveis com investimentos da Petrobras em pesquisa de hidrogênio verde.

by Marcelo Santos
Petrobras anuncia investimento de R$ 90 milhões em pesquisa de hidrogênio verde no Rio Grande do Norte

A Petrobras anunciou um significativo investimento de cerca de R$ 90 milhões para impulsionar estudos e pesquisas em torno do hidrogênio verde, apontado como combustível do futuro. Essa iniciativa marca um importante passo rumo ao desenvolvimento da cadeia de hidrogênio sustentável no Brasil, com foco especial no estado do Rio Grande do Norte.

Parceria entre Petrobras e SENAI-ER

Em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), a Petrobras assinou um Termo de Cooperação para a construção de uma planta piloto de eletrólise, destinada ao estudo da cadeia de hidrogênio sustentável de baixo carbono. Essa parceria, com duração prevista de três anos, utilizará as instalações da Usina Fotovoltaica da companhia localizada no município de Alto do Rodrigues.

Rodrigo Mello, diretor do SENAI/ISI-ER, destaca a importância desse reconhecimento da Petrobras pelo trabalho desenvolvido pelo instituto, prevendo que o estado do Rio Grande do Norte se tornará referência em soluções para o mercado de hidrogênio verde.

Objetivos e escopo da pesquisa do SENAI-ER e Petrobras

O principal objetivo desse projeto conjunto é avaliar a produção e utilização do hidrogênio obtido através da eletrólise da água, utilizando energia solar. A planta piloto será responsável por fornecer dados essenciais para compreender o comportamento do hidrogênio verde e sua viabilidade como fonte de energia alternativa.

A ampliação da Usina Fotovoltaica de Alto do Rodrigues, de 1,0 MWp para 2,5 MWp, garantirá a energia necessária para operar a unidade piloto de eletrólise. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destaca os benefícios desse projeto, que incluem o desenvolvimento de modelos de negócio viáveis para a produção de hidrogênio de baixo carbono e seus derivados. Esse investimento não apenas impulsiona a inovação tecnológica, mas também abre portas para novas oportunidades de negócios e fornecedores na região.

Rio Grande do Norte como um ambiente propício para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis

Com sua longa tradição em energias renováveis, o Rio Grande do Norte é visto como um ambiente propício para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis. A existência de infraestrutura elétrica e disponibilidade de água tratada para eletrólise, aliadas à parceria estratégica entre a Petrobras e o SENAI-ER, posicionam o estado como um centro de excelência em pesquisa e desenvolvimento de hidrogênio verde.

Cássio Maia, presidente da Associação Potiguar de Energias Renováveis, ressalta o potencial do Rio Grande do Norte como produtor de energia limpa e destaca a importância desse investimento para impulsionar ainda mais o setor de energias renováveis no estado. Com a conclusão bem-sucedida da planta piloto, espera-se que novos investimentos e oportunidades de negócios surjam, consolidando o Rio Grande do Norte como um líder na transição para uma economia mais verde e sustentável.

Conheça o hidrogênio verde

O hidrogênio verde, também conhecido como H2V, é uma forma de hidrogênio produzida a partir de fontes de energia renovável, como a energia solar e eólica, por meio do processo de eletrólise da água. Esse método de produção utiliza eletricidade gerada por fontes limpas para separar a água em seus componentes básicos, hidrogênio e oxigênio.

Diferentemente do hidrogênio tradicional, que é frequentemente produzido a partir de combustíveis fósseis, o hidrogênio verde é considerado uma alternativa mais sustentável e amiga do meio ambiente, pois não emite gases de efeito estufa durante sua produção ou utilização. Essa tecnologia promissora tem o potencial de desempenhar um papel crucial na redução das emissões de carbono e na transição para uma economia de baixo carbono.

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