ENERGIA

Pernambuco mira na produção de hidrogênio verde para uma nova era na energia renovável

O estado de Pernambuco está empenhado em uma transformação energética significativa, com o foco na produção de hidrogênio verde e no impulso da energia renovável. A visão do CEO da H2 Verde, Luiz Piauhylino Filho, é clara: a energia solar flutuante em reservatórios estratégicos do estado pode impulsionar a produção de hidrogênio verde, revolucionando a indústria e gerando oportunidades econômicas. Além disso, Pernambuco conta com recursos significativos provenientes do fundo social do pré-sal e está atraindo investidores globais, acelerando a corrida por um futuro mais limpo e competitivo. No entanto, desafios logísticos, infraestruturais e de licenciamento ambiental precisam ser superados para tornar essa visão realidade.

Estado de Pernambuco busca verdadeira revolução energética com o hidrogênio verde

A busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis tornou-se uma prioridade em Pernambuco. A produção de hidrogênio verde, um combustível limpo e promissor, está no centro dessa revolução energética no estado nordestino. Assim, combinando inovação e recursos naturais, Pernambuco está determinado a não perder o bonde do hidrogênio verde. Uma das soluções em destaque para essa transformação é a energia solar flutuante. A capacidade de gerar energia renovável em reservatórios, como os de Itaparica, Luiz Gonzaga e Pirapama, está se tornando realidade.

Luiz Piauhylino Filho, CEO da H2 Verde, acredita que o aumento do potencial de geração de energia renovável é fundamental para Pernambuco. Ele enxerga um futuro promissor onde a energia solar flutuante será implantada em 10% da superfície de água de importantes reservatórios, impulsionando a produção de hidrogênio verde no estado. Hoje, apenas 7% da energia gerada em Pernambuco provém da radiação solar, e o diesel ainda é a principal fonte de energia, emitindo carbono e contribuindo para o aquecimento global.

Assim, Luiz Piauhylino Filho destaca a Chesf como uma empresa-chave para mudar esse cenário e liderar a transição para o hidrogênio verde. Para o especialista, o hidrogênio verde não é apenas uma visão para o futuro, mas sim uma realidade do presente. Empreendimentos como o reservatório de Itaparica podem abrigar gigawatts de energia solar flutuante, com investimentos significativos planejados para produzir grandes quantidades de hidrogênio verde.

Nesse contexto, o hidrogênio produzido a partir dessas iniciativas pode impulsionar a produção de aço verde, metanol verde e amônia verde em Pernambuco. Isso significa uma mudança significativa na indústria do estado, que atualmente depende da importação desses materiais essenciais.

Recursos do pré-sal podem ser direcionados para a produção de hidrogênio verde

Os recursos necessários para impulsionar essa transformação em Pernambuco não são um obstáculo no cenário atual. Isso, pois o Brasil tem à disposição o fundo social do pré-sal, que arrecadará bilhões de reais até 2030. Luiz Piauhylino Filho questiona por que não direcionar esses recursos para investimentos na nova indústria de hidrogênio verde em Pernambuco, à semelhança de países como Estados Unidos, Alemanha, França, Japão e Arábia Saudita.

Além disso, Pernambuco está atraindo a atenção de investidores globais que buscam um ambiente competitivo para instalar suas plantas de hidrogênio verde. A visão de um futuro mais limpo e sustentável está impulsionando uma corrida por oportunidades no estado. É importante destacar que o hidrogênio só é “verde” quando produzido a partir de fontes de energia renovável.

Essa é a abordagem que Pernambuco está adotando para garantir um futuro sustentável e reduzir as emissões de carbono. Além das inovações tecnológicas, a infraestrutura é fundamental para a produção de hidrogênio verde em Pernambuco. Nesse sentido, o estado precisa de um ramal da Transnordestina para conectar o Porto de Suape, permitindo o transporte eficiente do hidrogênio verde produzido.

Dessa forma, a construção de gasodutos, ligando o reservatório de Luiz Gonzaga a Salgueiro e Suape, é essencial para o transporte do hidrogênio verde. Para isso, o processo de licenciamento ambiental das usinas solares precisa ser agilizado, e as linhas de transmissão e subestações em Salgueiro e Suape devem ser ampliadas.

Andriely Medeiros

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o PetroSolGas.

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