Passagem mais cara? Petrobras aumenta preços dos combustíveis, acumulado de alta está em 70%

O preço do QAV, também conhecido como querosene de aviação, terá uma nova alta  em  ao menos 15 refinarias. A variação foi acima de 3% e entrou em vigor a partir do dia 01 de julho pela Petrobras. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), entidade responsável pelo setor, é estimado que a alta dos combustíveis de aeronaves tenha superado a marca de 70% em apenas um ano, sendo uma variação semelhante com a dos combustíveis de carros tradicionais utilizados no transporte de caminhões. 

Assim sendo, a partir deste mês, o preço do querosene começará a custar por volta de 5.853 reais por metro cúbico. 

A instituição afirma que o combustível é responsável por ao menos um terço dos preços das passagens. Ou seja, quando ele fica mais caro, a tendência é que as passagens subam, principalmente para o exterior.  No Brasil, os valores são 40% mais altos que os cobrados no exterior. 

Petrobras “arrasa” na bolsa de valores e acionistas lucram

A Petrobras vem adquirindo um bom desempenho na bolsa de valores após ter alta acumulada de ao menos 40% no último ano. Apesar disso, na última terça-feira, 05 de julho, a estatal teria terminado o dia em queda de 3,8% tendo em vista a repercussão negativa sobre o aumento da semana passada. 

De acordo com a empresa, os aumentos ocorrem como forma de controlar os preços externos / internos para evitar desabastecimento.  O mesmo argumento foi fornecido pela empresa quanto aos combustíveis tradicionais vendidos em postos de todo o Brasil.  

Vale salientar que os preços do querosene são reajustados a cada  mês conforme o mercado internacional e commodities: a instituição tem permissão, desde o ano de 2016, com a queda do governo Dilma, para que reajuste os seus preços conforme necessário para prever o lucro e o melhor retorno, impactando diretamente no bolso dos brasileiros. 

Mín — Máx (Dia)	27,55 – 28,95
Variação (Dia)	-3.8%
Variação (Mês)	+0.35%
Variação (2022)	+19.73%
Variação (52 semanas)	+40.15%

Argumento dos aumentos é o dólar alto

Um dos argumentos de Paulo Guedes, ministro da Economia, é o dólar alto: no último pregão, a moeda teria terminado com forte alta sendo cotada a cerca de R$ 5,40. E, como a Petrobras tem permissão para variar os seus preços de acordo com o mercado externo, a instituição estaria acompanhando o valor da moeda norte-americana. Ou seja, quanto maior o valor do dólar, mas os brasileiros tendem a pagar. 

Apesar das altas acontecendo mesmo com a Selic a 13,25%, e possibilidade de ir para R$ 13,75 em agosto, alguns estados já estão registrando preços mais em conta da gasolina, que é cotada a uma média de R$ 7. O diesel, entretanto, vem ficando mais caro e prejudica os caminhoneiros em relação ao frete.