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Parceria internacional da Marinha com o Edge Group impulsiona indústria naval brasileira com novo míssil antinavio

Brasil e Edge Group firmam parceria para desenvolver míssil antinavio, com investimentos e geração de empregos na indústria naval.

by Andriely Medeiros
Brasil e Edge Group firmam parceria para desenvolver míssil antinavio, com investimentos e geração de empregos na indústria naval.

A indústria naval brasileira está prestes a receber um novo impulso com o anúncio de uma parceria estratégica entre o grupo de defesa dos Emirados Árabes Unidos, Edge Group, e a Marinha do Brasil. A colaboração tem como objetivo principal concluir o desenvolvimento do míssil antinavio nacional de superfície, conhecido como Mansup, até o final de 2025. A parceria foi oficializada na sede do Edge Group, em Abu Dhabi, reforçando a importância do projeto para ambas as nações.

Acordo entre Edge Group e Marinha fortalece indústria naval

A parceria entre a Marinha do Brasil e o Edge Group foi firmada com o propósito de acelerar o desenvolvimento do Mansup, que já está em fase de testes. O míssil será incorporado a uma nova classe de fragatas da Marinha, com previsão de entrar em operação até o final de 2025. Esse armamento será fundamental para proteger a costa brasileira e garantir a soberania no mar.

Além disso, o acordo também inclui a SIATT, uma empresa brasileira do setor de defesa que foi adquirida pelo Edge Group. A SIATT, com sua expertise no desenvolvimento de tecnologias militares, será responsável por fornecer recursos técnicos e colaborar no processo de finalização do míssil Mansup. A nova versão do armamento, chamada de Mansup-ER, é outro destaque da parceria. Enquanto a versão inicial do Mansup tem um alcance de aproximadamente 70 quilômetros, a versão ER promete alcançar alvos a distâncias de até 200 quilômetros, ampliando significativamente as capacidades de defesa da Marinha brasileira.

Implicações para a indústria naval

O investimento do Edge Group no projeto naval brasileiro trará efeitos além do desenvolvimento do Mansup. O setor naval, tradicionalmente um dos pilares da economia de defesa do Brasil, deverá se beneficiar diretamente com a implementação dessa tecnologia. A expectativa é que o projeto também leve à construção de novas instalações industriais, como fábricas para a produção dos mísseis, que serão utilizadas tanto para o mercado interno quanto para exportação.

O diretor financeiro do Edge Group, Rodrigo Torres, ressaltou a importância da colaboração entre os dois países. Em comunicado oficial, ele destacou que o acordo contribuirá para a expansão das capacidades de defesa de ambos os países e impulsionará a transformação da indústria naval. Torres também enfatizou a importância da geração de empregos como um dos impactos mais relevantes da parceria, criando oportunidades tanto para brasileiros quanto para profissionais nos Emirados Árabes Unidos.

Investimentos e geração de empregos no setor

A perspectiva de investimentos adicionais na indústria naval é um dos pontos mais promissores desse acordo. Além de consolidar a presença do Edge Group no Brasil, o projeto contribuirá para a criação de postos de trabalho especializados no setor de defesa. A construção das novas fragatas da classe Tamandaré, que utilizarão o Mansup como armamento principal, já está em andamento em um estaleiro localizado em Itajaí, Santa Catarina. O primeiro navio dessa nova classe está previsto para entrar em operação em 2025, e os demais navios serão entregues até 2029.

Esses navios-escolta terão funções estratégicas na defesa marítima do Brasil, com capacidades para realizar operações de salvamento, combater a pirataria e impedir a pesca ilegal. O desenvolvimento dessa nova classe de embarcações é mais um exemplo do quanto os investimentos em defesa têm um papel crucial na proteção das fronteiras marítimas e na garantia da segurança nacional.

Outro aspecto relevante desse projeto é a expansão das operações do Edge Group no mercado global de defesa. A empresa já possui uma presença significativa no setor, e a colaboração com o Brasil abre portas para novas oportunidades de negócios internacionais. Com a utilização de tecnologia brasileira, o grupo pretende desenvolver e comercializar a variante Mansup-ER para outros países, fortalecendo ainda mais suas operações no setor naval.

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