A Suzano Papel e Celulose, devido a uma modernização parcial na fábrica de celulose em Aracruz, no estado do Espírito Santo, anunciou que fará uma paralisação temporária na linha de produção no quarto trimestre do ano, de acordo previsto no plano original do projeto. De acordo com comunicado enviado ao mercado na noite da última quinta-feira (1), a gigante de papel e celulose informou que será realizada uma paralisação na linha de produção, por aproximadamente 45 dias.
Ainda de acordo com comunicado da Suzano, a paralisação na fábrica do ES acontecerá para a substituição de partes da caldeira de recuperação e a instalação do sistema de cristalização. A empresa ainda destacou que a preservação do plano original previsto para este ano garante o atendimento a seus clientes e não altera sua estratégia no mercado brasileiro.
Do total de R$ 298 milhões previstos no projeto de modernização na fábrica do ES, cerca de R$ 188 milhões foram investidos até julho deste ano. O saldo restante, por sua vez, consta na estimativa de capex prevista para este ano.
No mês de junho, a Suzano afirmou que planeja construir uma fábrica de papel tissue e conversão em papel higiênico e papel toalha no ES, com investimento estimado em R$ 600 milhões. A fábrica ficará também na cidade de Aracruz, tendo capacidade de 60 mil toneladas por ano e levará cerca de 2 anos para ser construída, de acordo com a Suzano.
A Suzano planeja realizar o investimento em sua fábrica no ES com o uso do saldo de créditos do tributo estadual ICMS que conta no ES, entretanto afirma que isso dependerá de apresentação de projeto específico e autorização das autoridades competentes. A construção efetiva da nova fábrica no ES agora espera a aprovação dos órgãos internos da empresa, assim como a efetivação dos contratos com os respectivos fornecedores, de acordo com a Suzano.
É importante mencionar que a empresa também acertou a compra da Caravelas Florestal por R$ 336 milhões, como parte dos esforços para a redução dos custos com matéria-prima no mesmo mês de junho. Segundo comunicado ao mercado, a empresa afirma que o negócio está alinhado à estratégia da Suzano de ser ‘best-in-class’ no custo total de celulose.
No mês de agosto, a gigante de papel e celulose Suzano lançou oficialmente seu fundo CVC Suzano Ventures, que conta com US$ 70 milhões para investimentos em startups voltadas a soluções de bioeconomia. Em um evento realizado em São Paulo, a empresa afirmou que o intuito com o fundo é se tornar uma plataforma global no estímulo do empreendedorismo e da bioeconomia com base em florestas plantadas.
Segundo o diretor de negócios de carbono e corporate venture da Suzano, Julio Ramundo, será dado prioridade para startups no early-stage que atuem em quatro frentes: Novos materiais derivados de biomassa do eucalipto, carbono, embalagens sustentáveis e agritechs, empresas que geram tecnologia para a agricultura, que devem receber mais investimentos do fundo aqui no Brasil.
Também foi lançada a primeira missão da Suzano com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com foco em startups e ao ecossistema de inovação aberta prioritariamente no Brasil. Institutos de ciência e tecnologia, universidades e até pequenas e médias empresas compõem o público-alvo do projeto.
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