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Ouro negro! Empresas internacionais investem R$ 18 bilhões em busca de novas reservas de petróleo no Brasil

Petroleiras investirão R$ 18,31 bilhões no Brasil até 2027 em busca de novas reservas de petróleo e gás, segundo a ANP.

by Andriely Medeiros
Petroleiras investirão R$ 18,31 bilhões no Brasil até 2027 em busca de novas reservas de petróleo e gás, segundo a ANP.

O setor de petróleo e gás no Brasil está prestes a receber um impulso significativo em investimentos nos próximos anos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as empresas do setor devem investir R$ 18,31 bilhões em atividades de exploração no país até 2027. A maior parte desse montante, cerca de R$ 17 bilhões, será aplicada entre 2024 e 2025.

Investimentos concentrados em exploração de petróleo

Os investimentos anunciados pela ANP visam a fase de exploração, que é o estágio inicial na busca por petróleo e gás. Essa etapa é crucial para identificar reservas em quantidade que justifique economicamente a extração dos recursos. A partir dessa fase, as petroleiras realizam estudos e perfurações para confirmar a viabilidade de produção nas áreas contratadas.

De acordo com os Planos de Trabalho Exploratórios (PTEs) submetidos à ANP para o ano de 2024, espera-se que R$ 9,97 bilhões sejam investidos já no próximo ano. Em 2025, a previsão é de R$ 7,64 bilhões, com os R$ 701 milhões restantes sendo aplicados entre 2026 e 2027.

Perfuração de poços serão a maior parte do investimento

A ANP detalhou que a maior parte dos investimentos será direcionada à perfuração de poços, que representa 88% do total previsto. A perfuração é essencial para confirmar a presença de petróleo e gás nas áreas sob contrato. Os 12% restantes serão alocados em outras atividades de exploração, como testes de poço e levantamentos geofísicos, que são utilizados para mapear e avaliar as formações subterrâneas.

Para o ano de 2023, dos R$ 9,5 bilhões previstos para investimentos em ambiente marítimo, R$ 8,5 bilhões serão destinados exclusivamente à perfuração de poços. O ambiente terrestre, por sua vez, receberá um investimento menor, com previsão de R$ 470 milhões até o final do ano.

Panorama dos contratos e desempenho da perfuração para petróleo

O ano de 2023 foi marcado pela existência de 251 blocos de exploração sob contrato no Brasil. Desses, 13 blocos operam sob o regime de partilha de produção, enquanto os outros 238 estão sob o regime de concessão. A ANP destacou que, ao longo do ano, foram perfurados 22 poços na fase de exploração, número ligeiramente inferior ao de 2022, quando foram perfurados 23 poços.

A ANP observou, em nota, que a perfuração de poços exploratórios, um dos principais indicadores de desempenho no setor, tem sido menor do que o desejado nos últimos anos. Desde 2016, a taxa de perfuração de poços exploratórios tem se mantido em uma média de um poço para cada dez blocos sob contrato.

Perspectivas e desafios para o futuro do petróleo no Brasil

Apesar dos investimentos previstos, o setor de petróleo e gás no Brasil enfrenta desafios. A ANP ressaltou que, embora haja um volume expressivo de recursos destinados à exploração, a perfuração de poços, que é o indicador mais direto de atividade exploratória, não tem crescido como esperado. Essa tendência de baixa perfuração pode indicar dificuldades nas operações ou uma maior cautela por parte das empresas na alocação de recursos.

Entretanto, o volume expressivo de investimentos previsto até 2027 demonstra um compromisso contínuo das petroleiras em explorar o potencial do Brasil como um grande produtor de petróleo e gás. A maior parte dos recursos será aplicada em atividades no ambiente marítimo, onde as reservas de petróleo e gás são mais promissoras.

Os próximos anos serão decisivos para o setor de petróleo e gás no Brasil. Com um investimento de R$ 18,31 bilhões até 2027, as petroleiras estão se preparando para ampliar suas atividades de exploração, concentrando esforços na perfuração de poços. Esses investimentos são fundamentais para que o Brasil continue a desenvolver suas reservas de petróleo e gás, mantendo-se competitivo no cenário energético global.

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