Com as obras da Transnordestina indo a pleno andamento no estado do Ceará, milhares de vagas de emprego estão sendo geradas. Atualmente, cerca de 2 mil pessoas estão envolvidas na construção da ferrovia, mas esse número pode triplicar e alcançar a marca de 6 mil postos de trabalho com o início das intervenções em outros quatro lotes. A Transnordestina Logística S/A, responsável pelo projeto, estima que cada lote gere de 900 a 1 mil empregos diretos.
Expansão das obras da Transnordestina e criação de empregos
Conforme o cronograma do projeto, o trecho que liga Acopiara a Itapiúna está programado para ter os trabalhos iniciados ainda este ano. Com o avanço das obras da Transnordestina, a expectativa é que o número de vagas de emprego criadas aumente significativamente. No entanto, as contratações não ocorrem todas de forma imediata, mas vão sendo escalonadas à medida que as obras progridem.
A necessidade de mão de obra qualificada
Dado que as intervenções acontecem em municípios pequenos do interior do estado, onde a disponibilidade de mão de obra é limitada, a Transnordestina Logística S/A precisa buscar trabalhadores em diversas cidades dos arredores para atingir o contingente de colaboradores necessário. A empresa prioriza a contratação de pessoas locais, e cerca de 90% da mão de obra é proveniente das comunidades próximas aos locais de construção.
Ademais, a companhia realiza um trabalho de treinamento e qualificação dos profissionais contratados, preparando-os para desempenhar diversas funções especializadas, como infraestrutura, construção de pontes, operação de máquinas e equipamentos, entre outras. Um aspecto positivo é o estímulo à participação de mulheres em funções técnicas, como operadoras de máquinas pesadas e caminhão basculante.
Obras da Transnordestina geram impacto econômico e criação de empregos indiretos
Além dos empregos diretos gerados pelas obras da Transnordestina, estudos de impacto da companhia apontam que cada funcionário direto gera em média cinco vagas de emprego indiretas. Considerando a estimativa de 6 mil pessoas trabalhando ao mesmo tempo na construção da ferrovia, o projeto contribuiria com aproximadamente 30 mil empregos indiretos para o estado do Ceará.
Potencial de escoamento da produção e impacto econômico
A Ferrovia Transnordestina terá uma extensão total de 1.753 km, ligando o município de Eliseu Martins, no Piauí, aos Portos de Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco. Além de proporcionar um meio eficiente de transporte de carga, a construção da ferrovia também impulsionará o desenvolvimento econômico da região.
O incremento na movimentação de carga no Porto do Pecém, ponto final da Transnordestina, é um exemplo do impacto econômico esperado. A expectativa é que, após o início da operação, previsto para 2027, o volume movimentado no terminal marítimo dobre.
O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destaca a importância da Transnordestina para o escoamento da produção do sudeste do estado e da região, especialmente do minério de ferro. Ele ressalta a necessidade de conclusão da obra até 2026 e a importância dos leilões de transmissão de energia programados para os próximos anos para viabilizar o investimento necessário.
Estão previstos quase R$ 1 bilhão em investimentos nas obras da Transnordestina
Investimentos de quase R$ 1 bilhão estão previstos para as obras da Transnordestina no Ceará ao longo de 2023, revelou o diretor-presidente da Transnordestina Logística S/A em uma entrevista recente. Desse valor, mais de R$ 150 milhões já foram aplicados.
Segundo o diretor-presidente, o montante será destinado à conclusão das obras em andamento nos trechos que ligam Lavras da Mangabeira a Iguatu e deste a Acopiara, além do início das intervenções em outros quatro lotes que se estendem até Itapiúna.
Valor necessário para a conclusão total das obras é de R$ 7,9 bilhões
O diretor-presidente, explicou que, após a reformulação dos projetos executivos da ferrovia e a atualização do orçamento, o valor necessário para a conclusão total das obras é de R$ 7,9 bilhões. Desses, R$ 3 bilhões são provenientes de recursos próprios do Grupo CSN, ao qual a Transnordestina Logística S/A pertence.
Nos últimos dois anos, aproximadamente R$ 50 milhões de recursos próprios do Grupo CSN têm sido investidos na Transnordestina. Além disso, está previsto que outros R$ 3,5 bilhões serão obtidos por meio de um novo empréstimo contratado pelo Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). Também há um valor de R$ 800 milhões referente a um empréstimo anterior, contratado por meio do FDNE, antes da revisão do projeto.