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O preço da gasolina é aumentado em 7% pela Petrobras; o diesel, no entanto, não sofre mudanças

Petrobras reajusta preço da gasolina em 7% para corrigir defasagem e mantém diesel estável, impactando economia e consumidores brasileiros.

by Andriely Medeiros
Petrobras reajusta preço da gasolina em 7% para corrigir defasagem e mantém diesel estável, impactando economia e consumidores brasileiros

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira um aumento significativo no preço da gasolina vendida às distribuidoras, marcando o primeiro ajuste desde outubro do ano passado. A partir de terça-feira, o valor médio do litro da gasolina subirá cerca de R$ 0,20, atingindo R$ 3,01 nas refinarias. Paralelamente, a estatal optou por manter inalterado o preço médio do diesel, em uma decisão que reflete a dinâmica atual do mercado de combustíveis.

Ajuste no preço da gasolina

O aumento de 7% na gasolina pela Petrobras destaca-se como o primeiro movimento de alta desde agosto de 2023. Segundo dados da própria companhia, essa elevação responde à necessidade de correção diante de um cenário onde os preços internos estavam defasados em relação ao mercado global.

Além da gasolina, a Petrobras também ajustou para cima o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), com um acréscimo de R$ 3,10 por botijão de 13kg, elevando o valor para R$ 34,70. Esta é a primeira alta do GLP desde março de 2022, após uma sequência de quedas que se estendia até julho de 2023.

Especialistas do setor apontam que os preços praticados pela Petrobras ainda não estão alinhados com os valores internacionais, o que afeta principalmente os importadores brasileiros. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento anunciado não elimina a defasagem calculada em 18% para a gasolina, que representaria um ajuste de R$ 0,59 por litro.

Perspectivas para o diesel

Embora o diesel tenha sido mantido sem alterações neste ajuste, analistas e consultorias como a StoneX destacam a necessidade de uma revisão nos preços, dada a maior dependência externa desse combustível. Estimativas apontam que um ajuste de 8,4% a 15% seria necessário para equilibrar os custos com o mercado internacional.

Desde maio do ano passado, a Petrobras abandonou a obrigatoriedade de seguir o Preço de Paridade de Importação (PPI), adotando uma nova estratégia comercial. Essa mudança visa considerar diversas variáveis na formação dos preços, permitindo à empresa manter valores mais estáveis ao longo do tempo e reduzir as oscilações no mercado interno.

Impactos no consumidor final

Apesar dos ajustes na refinaria, o repasse dessas variações ao consumidor final nos postos não é imediato e depende de margens de distribuição e revenda, além de fatores como adição de biocombustíveis e impostos. Essa dinâmica complexa influencia diretamente o preço que os consumidores pagam pelos combustíveis nas bombas.

A decisão da Petrobras de aumentar o preço da gasolina enquanto mantém o diesel estável reflete não apenas a dinâmica dos mercados de combustíveis, mas também as estratégias comerciais da empresa. A mudança para uma política que considera variáveis além do Preço de Paridade de Importação visa equilibrar a rentabilidade com a competitividade, buscando evitar oscilações bruscas que poderiam impactar consumidores e investidores. Desde sua implementação, essa abordagem tem sido elogiada por executivos da companhia como eficaz na gestão de riscos e na manutenção de resultados financeiros sólidos.

O ajuste nos preços dos combustíveis pela Petrobras também reverbera na economia nacional e no cotidiano dos brasileiros. A defasagem anterior nos preços da gasolina, por exemplo, vinha contribuindo para pressionar as margens de lucro dos importadores, que enfrentam custos mais elevados para adquirir combustíveis no exterior. Esse cenário pode ter impactos diretos nos preços de produtos e serviços que dependem do transporte rodoviário, ampliando o custo de vida para os consumidores finais e afetando a inflação.

Futuro das políticas de preço da gasolina

Olhando para o futuro, a Petrobras continua monitorando de perto as condições do mercado global de petróleo e seus derivados. A dinâmica das relações comerciais internacionais e as políticas de produção e distribuição de combustíveis seguem sendo determinantes para as decisões da estatal brasileira. À medida que o cenário econômico evolui, novos ajustes nos preços dos combustíveis podem ser esperados, influenciando não apenas o setor de energia, mas também o panorama econômico mais amplo do país.

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