INDÚSTRIA

Novo marco para Macaé: Obras do Terminal Portuário estão previstas para iniciar em 2024

Macaé, conhecida como a capital nacional do petróleo, está prestes a dar um passo significativo em sua trajetória econômica. Com investimentos previstos de R$ 5 bilhões ao longo de três anos, as obras do aguardado Porto de Macaé estão programadas para ter início no primeiro semestre de 2024. O projeto, que visa fortalecer a infraestrutura local voltada para o atendimento ao mercado offshore, promete impulsionar a economia da região e gerar cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos.

Previsão de desenvolvimento e operação

Segundo o diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo Vale Azul (GVA), Hugo Crespo, as operações comerciais do Terminal Portuário de Macaé (Tepor) têm previsão de início até o final de 2026. A GVA, responsável pelo projeto, firmou um acordo de exclusividade e preferência com a Eneva, visando a formação de uma joint venture para o desenvolvimento e operação do empreendimento.

Com uma localização estratégica, o Porto de Macaé oferecerá suporte logístico às operadoras de petróleo que atuam nas Bacias de Campos e Santos, representando um marco importante para a retomada da economia do país.

Além disso, a instalação em Macaé da primeira unidade de produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) e Gás Natural Comprimido (GNC) será viabilizada pelo terminal, atendendo a uma demanda essencial para diversos segmentos da indústria nacional.

Infraestrutura e movimentações planejadas

O projeto do Tepor contempla dois terminais, denominados Terminal A e Terminal B, além de uma unidade de processamento de gás natural (UPGN), rede de dutos e outras instalações. A UPGN terá capacidade para processar 60 milhões de m³/dia, sendo que a licença para sua construção já foi emitida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) em 2022.

O Terminal A será responsável pela movimentação de granéis líquidos, apoio offshore e contará com uma unidade flutuante de regaseificação de GNL, com capacidade para regaseificar até 21 milhões de m³/dia de gás natural. Por sua vez, o Terminal B será destinado à movimentação de petróleo, com capacidade prevista de até 2 milhões de barris diariamente (bpd).

Porto de Macaé deve gerar 14 mil empregos diretos e indiretos

As obras do Porto de Macaé não apenas impulsionarão a economia local, mas também trarão oportunidades de emprego para a região.

Estima-se que a construção e a fase de operação do empreendimento gerem cerca de 14 mil empregos diretos e indiretos, contribuindo para o fortalecimento do mercado de trabalho em Macaé.

Aposta no gás natural e infraestrutura

O prefeito de Macaé, Welberth Rezende (Cidadania-RJ), destacou que o município tem direcionado seus esforços para o setor de gás natural, buscando atrair investimentos e oferecendo incentivos fiscais para tornar a região mais atrativa aos produtores do pré-sal. O Tepor se alinha com essa estratégia, fortalecendo a posição de Macaé como referência na indústria do petróleo e gás.

Além do Porto de Macaé, a região norte fluminense conta com outros empreendimentos que contribuem para o seu desenvolvimento econômico. O Porto do Açu e a rodovia EF-118 são exemplos de investimentos em infraestrutura que transformarão a região em um dos maiores atrativos nacionais para os setores de energia, logística, agropecuária e outros.

Porto de Macaé poderá atrair indústrias e empresas de diversos setores

O Porto de Macaé traz consigo uma série de expectativas e perspectivas positivas para o município e toda a região. Com as obras previstas para iniciar em 2024, o empreendimento representa um novo marco no desenvolvimento econômico local, gerando empregos, atraindo investimentos e fortalecendo a infraestrutura necessária para impulsionar diversos setores.

A expectativa é de que o terminal proporcione um ambiente propício para a atração de indústrias e empresas relacionadas aos setores de petróleo, gás, fertilizantes, produtos petroquímicos, siderurgia e cerâmica.

A instalação de uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) contribuirá para o processamento de novos volumes de gás e a adequação do produto às especificações para venda, seguindo a regulação da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Marcelo Santos

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