A Enauta propôs nesta semana uma fusão com a 3R Petroleum, buscando criar uma das principais operadoras independentes de petróleo e gás natural na América Latina, com potencial de produção diária superior a 100 mil barris de óleo equivalente. A proposta envolve a troca de ações entre as empresas e está sujeita a aprovações regulatórias. Essa movimentação afeta negociações anteriores da 3R com a PetroReconcavo, suspendendo temporariamente as conversas. O desfecho das negociações e seu impacto no mercado ainda estão sendo debatidos.
Enauta propõe à 3R Petroleum fusão no setor de petróleo e gás natural
Uma movimentação recente está movimentando o cenário do mercado de petróleo e gás natural. A Enauta anunciou sua proposta para a combinação de negócios com a 3R Petroleum, potencialmente formando uma das principais operadoras independentes do Brasil e da América Latina. Essa união pode resultar em uma produção diária que supera os 100 mil barris de óleo equivalente, que se alinha ao volume da maior empresa independente brasileira, a PRIO.
Conforme divulgado, o Conselho de Administração da Enauta aprovou a proposta de fusão, solicitando exclusividade por 30 dias para que a diretoria da 3R possa se dedicar à análise da proposta. A 3R aceitou a solicitação e iniciou a avaliação do negócio. A proposta, assinada pelo presidente do Conselho de Administração da Enauta, Mateus Tessler, e o CEO da empresa, Décio Oddone, envolve a troca de ações entre as empresas, visando otimizar a transação.
Durante o período de exclusividade, as duas companhias conduzirão diligências confirmatórias. No entanto, a transação está sujeita a condições precedentes usuais, incluindo aprovações legais e regulatórias, como a do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
A Enauta vê na fusão a oportunidade de alcançar reservas operadas superiores a 700 milhões de barris em um portfólio complementar e diversificado. A empresa destaca o potencial de crescimento nos próximos cinco anos, com capacidade de adicionar valor em um ambiente de consolidação e resiliência a ciclos de preço.
“A combinação resulta em um portfólio com escala, balanceado e de alto crescimento orgânico nos próximos cinco anos, com capacidade de adicionar valor em ambiente de consolidação e com resiliência a ciclos de preço”, afirmou a Enauta.
Além disso, a fusão proporcionaria oportunidades de crescimento nas operações offshore e onshore, mitigando riscos operacionais, geológicos e regulatórios. A empresa enfatiza a complementaridade em equipes, a capacidade de atrair e reter talentos, e a aderência aos princípios ESG (ambientais, sociais e de governança).
Proposta de fusão impacta o cenário de óleo e gás nacional
A proposta da Enauta impacta diretamente as negociações em andamento entre a 3R Petroleum e a PetroReconcavo. Anteriormente, a 3R estava em conversas para uma possível fusão com a PetroReconcavo, apresentada pela empresa sueca Maha Energy. Contudo, as conversas foram suspensas após a Enauta solicitar exclusividade nas negociações com a 3R.
A PetroReconcavo comunicou a suspensão das negociações, mas o desfecho da possível fusão com a empresa ainda é incerto. A Enauta, por sua vez, deixa claro que a combinação com a 3R não inviabiliza novas transações com outras empresas do setor, sugerindo possíveis movimentações futuras no segmento de petróleo e gás natural.
O mercado aguarda o desenrolar dessas negociações e como a possível fusão entre Enauta e 3R Petroleum impactará o cenário do petróleo e gás no Brasil e na América Latina. Além disso, a movimentação da Enauta também levanta questionamentos sobre o futuro das negociações envolvendo a PetroReconcavo e a 3R Petroleum.
No momento, resta aguardar as próximas etapas e decisões das empresas envolvidas, enquanto o mercado se mantém atento às oportunidades e desafios que surgirão a partir dessas possíveis fusões.
