O Estado de Mato Grosso do Sul está rapidamente se consolidando como a capital brasileira da celulose, atraindo investimentos bilionários na área florestal e de celulose. Em uma reunião recente entre a direção da Arauco e o governador Eduardo Riedel, foi reafirmado o compromisso da empresa com a construção de sua nova fábrica de celulose em Inocência, um projeto avaliado em R$ 28 bilhões.
Durante o encontro, que aconteceu no Gabinete do Receptivo, Carlos Altamires, presidente da Arauco Brasil, afirmou: “Boa reunião, nós reafirmamos nosso compromisso com Mato Grosso do Sul e com nosso investimento na fábrica de celulose. Temos muita coisa para fazer. Um projeto muito importante e estamos muito contentes de estar trabalhando aqui no Estado”. A nova fábrica da Arauco representa um marco importante para a economia do estado, indicando a crescente importância do setor de celulose no cenário econômico do estado.
A Arauco está tomando medidas proativas para garantir a viabilidade e o sucesso de sua nova fábrica. Atualmente, o cronograma da obra está na fase de licença ambiental, e o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, enfatizou que em fevereiro ou março do próximo ano, a empresa poderá ter a licença de instalação, com as obras da fábrica de celulose começando em 2025.
A empresa também está buscando autorização para a construção de um ramal ferroviário de 47 km de Inocência até a Ferronorte, o que facilitaria a logística e transporte de insumos e produtos.
A nova fábrica da Arauco terá uma capacidade impressionante de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano, além de cogerar 400 MW de energia a partir do licor negro, um subproduto da produção de celulose. Esse movimento eco-friendly não apenas reduzirá os custos de energia da planta, mas também fornecerá energia adicional para a rede elétrica.
Outro aspecto notável é o impacto positivo no emprego local. Durante o pico da construção, a nova fábrica empregará até 12 mil trabalhadores. Uma vez operacional, espera-se que a planta crie 2.350 empregos, diversificando ainda mais a economia do estado.
A sustentabilidade é uma diretriz fundamental da Arauco, como destacado pelo Diretor de Desenvolvimento e Novos Negócios, Mário Neto: “Vai capturar mais carbono na florestal, vai gerar energia limpa e vai ter um balanço positivo. A Arauco preza por deixar um legado positivo para as futuras gerações. Nós somos a primeira companhia a ter o certificado de Carbono Neutro no setor florestal”.
Com os investimentos da Arauco e outros players da indústria, como Suzano e Eldorado, Mato Grosso do Sul está se transformando no maior polo de celulose do Brasil. A região leste do estado, em particular, está sendo apelidada de “Vale da Celulose”, uma referência ao famoso “Vale do Silício” na Califórnia, destacando sua emergente posição como centro de inovação e produção.
A nova fábrica de celulose da Arauco, juntamente com os esforços contínuos do governo e outras empresas, está moldando um futuro sustentável e economicamente próspero para Mato Grosso do Sul.
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