A Petrobras e a mineradora Vale estão unindo forças para impulsionar a produção e o uso do hidrogênio verde no Brasil, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono em suas operações. Essa colaboração estratégica promete transformar o cenário energético nacional e colocar o Brasil no mapa como um importante produtor e consumidor de hidrogênio verde.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, reiterou o compromisso da empresa em utilizar o hidrogênio verde, produzido internamente, como uma solução fundamental para descarbonizar suas atividades de refino de petróleo. A Petrobras já é o maior consumidor de hidrogênio cinza, de origem fóssil, no país, utilizando-o em suas refinarias de combustíveis. No entanto, a empresa está agora empenhada em substituir esse hidrogênio fóssil por fontes renováveis, como biomassa e eletrólise, em seus processos de refino.
Essa mudança marca a Petrobras como pioneira na busca por projetos de hidrogênio verde com offtakers brasileiros. “Somos nós mesmos para começar”, afirmou Prates, destacando a determinação da empresa em liderar a transição para o hidrogênio verde no Brasil.
A mineradora Vale, maior consumidora individual de energia no Brasil, está comprometida em desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento do hidrogênio verde no país. Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale, enfatizou que a empresa poderia satisfazer a demanda nacional por hidrogênio verde por meio da produção de aço verde e da utilização de biocombustíveis em sua frota.
No ano passado, a mineradora Vale iniciou projetos de complexos industriais conhecidos como “megahubs” no Oriente Médio, visando a produção de hot briquetted iron (HBI) e produtos siderúrgicos com baixas emissões de carbono.
A escolha do Oriente Médio como local para esses megahubs foi influenciada pelo preço altamente competitivo do gás natural na região. No entanto, Bartolomeo acredita que o hidrogênio verde tem o potencial de viabilizar a instalação desses centros no Brasil, eliminando a necessidade de gás natural.
“Acreditamos que o Brasil será disparadamente o país mais competitivo em hidrogênio”, afirmou Bartolomeo. Ele enfatizou que o Brasil é um “hotspot” de hidrogênio e que a mineradora Vale pode liderar essa demanda, juntamente com a Petrobras, criando uma sinergia poderosa.
Recentemente, a Petrobras e a Vale formalizaram um protocolo de intenções destinado ao desenvolvimento de soluções de baixo carbono. Isso inclui não apenas o hidrogênio verde, mas também o metanol verde, biobunker, amônia verde e diesel renovável, bem como tecnologias de captura e armazenamento de CO₂.
Esse acordo estratégico entre as duas gigantes brasileiras abre caminho para uma colaboração que pode revolucionar a forma como o Brasil produz e consome energia e recursos naturais. A busca por soluções mais limpas e sustentáveis é a principal motivação por trás desse compromisso.
Jean Paul Prates também destacou a importância dos projetos eólicos offshore em estudo pela Petrobras, que desempenharão um papel crucial na viabilização do hidrogênio verde. A Petrobras solicitou licenciamento ambiental para projetos que totalizam 23 GW e está explorando parcerias com a Equinor para adicionar outros 14 GW à sua capacidade de produção de energia eólica offshore.
“O upstream desse processo (produção de hidrogênio verde) é necessariamente eólica offshore junto das plantas de hidrogênio”, ressaltou Prates. Essa abordagem integrada demonstra o compromisso das empresas em adotar fontes de energia renovável em todas as etapas do processo.
A colaboração entre a Petrobras e a mineradora Vale é um marco significativo na transição do Brasil para uma economia mais sustentável e com menores emissões de carbono. A produção e o uso do hidrogênio verde têm o potencial de revolucionar diversos setores da economia, desde a indústria siderúrgica até o transporte, e contribuir para as metas de redução de emissões do país.
À medida que essas duas gigantes avançam no desenvolvimento do hidrogênio verde, o Brasil está bem posicionado para se tornar um líder global nesse setor em ascensão, aproveitando sua abundância de recursos naturais e expertise tecnológica. A parceria entre a Petrobras e a Vale é um exemplo claro de como as empresas podem unir forças para impulsionar a transição para uma economia mais verde e sustentável.
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