O H2Brasil em parceria com a universidade federal de Itajubá (MG), estão desenvolvendo uma iniciativa de aplicação do hidrogênio verde com siderúrgicas instaladas em Minas Gerais, a inovação deve ser consolidada com a construção da sede da Central de Hidrogênio Verde (CH2V).
O centro terá uma unidade de produção de eletrólise, armazenamento e abastecimento veicular de hidrogênio verde (H2V) em escala laboratorial, será totalmente movido a energia renovável, com capacidade de produção de 60 m³h de H2V. A proposta é testar aplicações com maior potencial de mobilidade, produção de energia e uso industrial.
A alemã Neuman & Esser (NEA Brasil) e a subsidiária Hytron, energia e Gases, fornecerão os equipamentos da planta piloto, o hidrogênio verde é visto como uma alternativa potencial para descarbonizar o aço da mineração.
Minas Gerais é um polo de geração renovável, principalmente de aplicação hídrica, solar e biomassa, é uma potência nacional nas indústrias que mais demandam essa fonte de energia, como mineração, fertilizantes, siderurgia e automotiva. Minas também é o maior produtor de energia solar fotovoltaica, com capacidade instalada de quase 1,6 GW.
Atualmente, apenas 2% das emissões de dióxido de carbono no mundo são geradas a partir da obtenção de hidrogênio verde, o uso dessa energia tem muito a contribuir nesse processo, pois é uma forma de obtenção de eletricidade vinda de fontes renováveis, usar hidrogênio como combustível é uma solução que reduziria a taxa de emissões de dióxido de carbono na atmosfera, por ser extraído de fontes limpas e renováveis.
A importância do hidrogênio vem de seu uso como fonte de energia renovável e seu uso já foi implementado em alguns países, como França, Alemanha, Japão e Estados Unidos, por exemplo. Esse é o elemento mais abundante na natureza, não emite gases poluentes, como o dióxido de carbono,a única emissão gerada é o vapor de água.
O Hidrogênio Verde atua como um dos principais vetores energéticos capazes de substituir os combustíveis fósseis, O H2V pode ser usado como combustível para transporte marítimo e aéreo, por exemplo. O pólo de hidrogênio do Porto do Pecém, no Ceará, é protagonista em projetos de geração de energia limpa, atualmente, o estado acumula 24 memorandos de entendimento (MoUs) para o desenvolvimento de energia renovável na região.
Uma vez produzido, comprimido e armazenado, o Hidrogênio Verde pode ser transportado e utilizado como matéria-prima para diversas indústrias, células de combustível e armazenamento de energia, o hidrogênio tem diversos usos, como combustíveis sintéticos, fertilizantes nitrogenados (NH3 amônia), na indústria alimentícia, mineração, siderurgia e geração de energia.
No Brasil já existem alguns empreendimentos voltados para o uso do hidrogênio verde, um exemplo foi o investimento realizado em 2022 pela Unigel, uma das maiores indústrias químicas da América Latina que investiu cerca de R$ 650 milhões na construção da primeira fábrica brasileira de hidrogênio verde.
O projeto é o primeiro em escala industrial e está sendo instalado no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia, a previsão é que ainda no fim de 2023 a fábrica entre em operação, a capacidade de produção será em torno de 10 mil toneladas ao ano de hidrogênio com previsão de que na segunda fase do projeto ocorra uma quadruplicação da produção. Parte do hidrogênio produzido será convertido em amônia verde.
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