Mercado global de crédito de metano pode estar cada vez mais próximo de se tornar realidade e minimizar a emissão do gás na atmosfera

As projeções desta terça-feira, (03/01), para o futuro do mercado energético global estão bastante otimistas. O Ministério do Meio Ambiente Brasil deu o pontapé inicial para a criação de uma iniciativa de crédito de metano durante a última conferência do Clima da ONU, realizada no Egito durante o ano de 2022. A iniciativa prevê uma cooperação entre diversos países para minimizar a emissão do gás metano e contribuir para a redução das consequências do agravamento do efeito estufa no mundo.

Brasil deu pontapé inicial com proposta para criação de mercado global de crédito de metano durante a conferência do Clima da ONU

O agravamento dos efeitos do efeito estufa na atmosfera está movimentando países inteiro na busca por soluções e iniciativas de minimização dos problemas.

Assim, durante a última conferência do Clima da ONU, realizada no Egito, o governo brasileiro apresentou uma proposta de cooperação mútua para a criação de um mercado global de crédito de metano, visando a redução da emissão do gás metano durante os próximos anos. 

O documento do Ministério do Meio Ambiente prevê a cooperação entre os mais de 100 países que assinaram o Acordo do Metano para a redução da emissão do gás. Dessa forma, poderá ser alcançada a meta de redução de 30% da emissão do gás até 2030, conforme previsto no acordo.

Cristiana Nepomuceno, bióloga e advogada ambiental do Escritório Nepomuceno Soares, destaca: “A iniciativa de criar um mercado global de crédito do gás metano é algo inédito. Se for adiante, assim como foi estabelecido o crédito de carbono, pode fazer com que as emissões de metano na atmosfera diminuam consideravelmente”.

A criação de um mercado de crédito de metano global poderia contribuir fortemente para a preservação da atmosfera e o desaceleramento dos efeitos do efeito estufa em todo o mundo.

Entenda o que é o gás metano e como a proposta do Ministério do Meio Ambiente pode contribuir para a minimização de seus efeitos

O gás metano é dos gases do efeito estufa mais significativos em potencial de agravamento do aquecimento global. De acordo com o professor Liu Yi, do Instituto de Física Atmosférica (IAP) da Academia Chinesa de Ciências, o CH4 é o principal gás de efeito estufa não-dióxido de carbono (CO2).

Um dos efeitos negativos do metano para o meio ambiente é a sua contribuição para o desequilíbrio do efeito estufa, podendo colaborar para o aquecimento global. Além disso, ao ser inalado, o gás pode causar asfixia e perda de consciência, parada cardíaca e, em casos extremos, danos no sistema nervoso central.

Por isso, o desenvolvimento de iniciativas que minimizem a emissão do gás metano na atmosfera pode contribuir fortemente para a preservação não só do meio ambiente, como também da vida na Terra. O Brasil vem caminhando fortemente para o equilíbrio da emissão dos gases ao não negligenciar o metano, ao contrário de muitos outros países, que acabam se voltando para a redução da emissão de carbono.

A criação de um mercado global de crédito de metano com a colaboração dos países, conforme a iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, pode expandir o que já é realidade no Brasil, segundo a Portaria n°71, de 2022. Agora, com a chegada do novo Governo Lula, o Ministério do Meio Ambiente segue na busca por novas iniciativas para minimizar esse problema.