A Marinha do Brasil deu início hoje, segunda-feira, (6/11), a uma operação de patrulhamento nos portos de Santos, em São Paulo, e do Rio e de Itaguaí, no Rio de Janeiro, com o propósito de combater o tráfico de drogas e armas. Essa ação faz parte da chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem), autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quarta-feira (1º) como parte de um esforço para lidar com a crescente crise na segurança pública no Rio de Janeiro. Além da Marinha, o Exército e a Aeronáutica também se envolverão nesse esforço conjunto.
Marinha inicia operação de patrulhamento em Portos do Rio e São Paulo para combater o tráfico de drogas e armas
Além dos portos mencionados, as forças militares atuarão nos aeroportos do Galeão, no Rio, e de Guarulhos, na Grande São Paulo. A inclusão desses aeroportos na operação se deve ao fato de serem as principais portas de entrada de passageiros e cargas do país. A Marinha detalhou sua atuação, que contará com 1.900 militares, incluindo navios, carros anfíbios e viaturas blindadas, entre outros recursos. Serão 750 fuzileiros navais nos portos fluminenses e 350 no porto paulista.
A Marinha também conduzirá ações nas baías de Guanabara e de Sepetiba, reforçando o patrulhamento e a inspeção naval nas áreas marítimas adjacentes. Os militares serão destacados em embarcações e contarão com o apoio de cães farejadores. Ao todo, o governo anunciou a mobilização de 3.700 pessoas nesse esforço conjunto. A Aeronáutica será responsável pelas operações em aeroportos, enquanto o Exército reforçará o patrulhamento das fronteiras brasileiras.
Essas operações de GLO autorizam militares a atuar com poder de polícia e ocorrem em situações em que as forças tradicionais de segurança pública estão sobrecarregadas. Elas são realizadas em caráter episódico, em área restrita e por tempo limitado. O anúncio da GLO ocorreu nove dias após uma série de ataques de milicianos no Rio de Janeiro, que resultaram na incineração de pelo menos 35 ônibus e um trem.
Essa ação coordenada foi uma represália pela morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, um dos líderes da maior milícia do estado. Esse ataque foi o maior já registrado contra o transporte público do Rio de Janeiro, causando diversos transtornos para a população. Além disso, ainda em outubro, três médicos foram assassinados, após um deles ser confundido com um miliciano jurado de morte por um grupo rival.
Operação faz parte da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) autorizada pelo presidente Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, com vigência até maio de 2024. Essa medida visa reforçar a segurança nesses locais, particularmente nas áreas estratégicas de entrada de cargas e passageiros no país.
No domingo (5), o navio-patrulha oceânico Apa atracou no Porto de Santos (SP). Segundo informações da Marinha do Brasil, a embarcação foi designada ao local para apoiar o decreto de GLO para portos e aeroportos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com o objetivo de combater o crime organizado, o tráfico de armas e drogas. O navio-patrulha chegou com uma grande quantidade de equipamentos e dezenas de tropas de fuzileiros navais, que reforçarão o contingente já mobilizado na cidade.
O navio-patrulha Apa, de acordo com informações apuradas pela emissora TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, foi construído em 2009 com base em um projeto da Marinha Real Britânica. Sua função será patrulhar as áreas de fundeio, também conhecidas como atracadouros, nos portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP). Além disso, a medida engloba os aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).
O presidente Lula destacou a importância desse decreto de GLO, que estabelece uma operação integrada de combate ao crime organizado nos portos e aeroportos mencionados. Essa medida é fundamental para reforçar a segurança nas áreas de entrada e saída de cargas e passageiros, garantindo a tranquilidade e o bem-estar da população.
