Maior turbina eólica do mundo começa a ser instalada na China

A China, país conhecido por sua liderança na indústria de energia renovável, deu início à instalação da maior turbina eólica do mundo na província de Fujian, localizada no sudeste do país. Essa turbina eólica offshore, com capacidade instalada de 16 megawatts (MW), é um marco significativo no avanço tecnológico das energias renováveis e destaca o compromisso da China em impulsionar a energia eólica como uma fonte limpa e sustentável.

Turbina eólica da China possui megaestrutura impressionante

A turbina eólica em questão é verdadeiramente impressionante em tamanho e capacidade. Com um cubo de 152 metros de altura, equivalente a um prédio de 50 andares, ela se destaca em relação às turbinas eólicas offshore convencionais de 10 MW. Suas pás têm um comprimento de 123 metros, permitindo uma varredura de aproximadamente 50 mil metros quadrados, equivalente a sete campos de futebol padrão.

Quando operando na potência nominal, a turbina eólica consegue gerar 34,2 quilowatt-hora de eletricidade por rotação. Essa quantidade de energia é suficiente para sustentar uma família de três pessoas por uma semana. Ao longo de um ano, a turbina pode gerar mais de 66 milhões de quilowatt-hora de eletricidade limpa, o que atende às necessidades anuais de eletricidade de aproximadamente 36 mil residências.

Avanços tecnológicos na indústria

A eficiência e a capacidade da turbina eólica de 16 MW não seriam possíveis sem avanços tecnológicos significativos. O sistema de geração de energia, responsável por converter a energia eólica em eletricidade, é uma das partes mais críticas das turbinas eólicas offshore.

Nesse sentido, o gerador desenvolvido internamente para essa turbina eólica alcançou uma redução de peso para cerca de 20 toneladas, representando um avanço na miniaturização de geradores de grande capacidade. A turbina é equipada com pás ultralongas e leves, assim como um grande rolamento principal do eixo, todos produzidos domesticamente.

Turbina eólica conta com adaptabilidade ambiental e monitoramento inteligente

A aplicação de sistemas digitais e inteligentes na turbina eólica também desempenha um papel crucial em sua adaptabilidade ambiental. A turbina é coberta por centenas de sensores, que trabalham em conjunto com um radar a laser para monitorar o status operacional, detectando temperatura, umidade e velocidade do vento.

Com o auxílio de sistemas inteligentes, a turbina pode ajustar automaticamente o ângulo e regular a potência, mesmo em condições climáticas adversas. Esses recursos possibilitam a ampla aplicação da turbina eólica na costa sudeste da China, contribuindo para uma geração de energia mais eficiente e sustentável.

Investimentos contínuos em energia limpa na China

A instalação da maior turbina eólica do mundo na China é apenas um exemplo dos contínuos investimentos do país em energia limpa. A China Three Gorges Corporation (CTG), uma das principais empresas de energia do país, lançou recentemente a segunda fase do parque eólico offshore Zhangpu Liuao, localizado na província de Fujian.

Esse parque eólico, com turbinas eólicas de 16 MW, poderá produzir cerca de 1,6 terawatt-hora (TWh) de eletricidade por ano, resultando em significativa redução de emissões de carbono e economia de recursos não renováveis.

Energia eólica: um movimento global

A China não está sozinha em sua transição para fontes de energia mais sustentáveis. Recentemente, a União Europeia anunciou que as fontes limpas, como a energia eólica e solar, superaram o gás como fonte de energia pela primeira vez na história.

Essa mudança reflete o crescente reconhecimento global da importância da energia eólica e de seu papel na redução das emissões de carbono e no combate às mudanças climáticas.

Brasil avança no setor de energia renovável

O Brasil também está avançando no setor de energia renovável. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o país atingiu recentemente o marco de 92% de participação de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa na matriz energética nacional. Esse é o maior percentual dos últimos 10 anos, indicando um movimento positivo em direção a uma matriz energética mais limpa e sustentável.