A empresa indiana Mahindra, conhecida por sua atuação global na fabricação de automóveis, máquinas agrícolas e tratores, está expandindo suas operações no Brasil com um investimento milionário na construção de uma nova fábrica de tratores. Este movimento estratégico marca um passo importante para a empresa no mercado brasileiro e fortalece sua presença como uma das principais fabricantes de tratores do país.
A Mahindra, empresa com sede na Índia e com uma história de sucesso que remonta a 1945, está intensificando seus esforços de expansão global, com um olhar especial para o mercado brasileiro. Após seis anos de operações no país, a empresa está dando um grande passo ao inaugurar uma nova fábrica de tratores, evidenciando seu compromisso de longo prazo com o Brasil.
O plano de expansão da Mahindra inclui um investimento inicial estimado em mais de R$ 100 milhões na construção da nova fábrica, que ficará localizada em Araricá, no Vale do Sinos, às margens da rodovia RS-239. Espera-se que a nova unidade gere mais de 400 postos de trabalho, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.
Atualmente, a Mahindra opera uma planta industrial em Dois Irmãos, também no Vale do Sinos, onde produz aproximadamente 1,9 mil tratores por ano. Com a inauguração da nova fábrica, a empresa tem como objetivo triplicar sua capacidade de produção no Rio Grande do Sul, atendendo à crescente demanda por tratores no país.
O Brasil é um dos maiores consumidores de tratores do mundo, e a Mahindra tem visto um sucesso significativo neste mercado. Com cerca de 54.000 unidades de tratores vendidas anualmente no país, a Mahindra já conquistou uma participação de mercado de 5%, com destaque para o segmento de tratores até 110cv, que representa a maioria das vendas da empresa.
Hemant Sikka, presidente do Setor de Equipamentos Agrícolas da Mahindra, destacou o potencial do Brasil como um importante exportador de grãos e ressaltou o compromisso da empresa em investir e crescer no país. A nova fábrica no Brasil fortalecerá ainda mais a presença da Mahindra neste mercado estratégico e contribuirá para o crescimento do setor agrícola brasileiro.
A nova fábrica de tratores da Mahindra no Brasil representa não apenas um marco importante para a empresa, mas também um impulso significativo para a indústria de tratores do país. Com investimentos em tecnologia, inovação e sustentabilidade, a Mahindra está posicionada para continuar sua trajetória de crescimento e sucesso no Brasil e em todo o mundo.
Fundada em 1945 como uma empresa de aço em Mumbai, na Índia, a Mahindra rapidamente diversificou seus negócios e se tornou uma marca líder em diversos setores, incluindo automotivo, agronegócio, defesa, energia e muito mais. Com instalações de manufatura em vários países, incluindo os Estados Unidos, Turquia e Índia, a Mahindra continua a expandir sua presença global e a impulsionar a inovação em todas as áreas de atuação.
No período de janeiro a dezembro de 2023, as exportações do Rio Grande do Sul totalizaram US$ 22,3 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE). Apesar de uma queda de 1,3% em relação a 2022, esse valor representa o segundo maior montante da série histórica iniciada em 1997.
Mesmo com a queda nas vendas externas, o Rio Grande do Sul permaneceu como o sexto principal estado exportador do Brasil, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná. A soja em grão manteve-se como o item mais exportado, seguida pelo fumo não manufaturado e farelo de soja. Os dez produtos mais vendidos também incluem carne de frango, cereais, celulose, carne suína, partes e acessórios de veículos automotivos, calçados e polímeros de etileno.
Segundo os pesquisadores Ricardo Leães e Flávia Félix Barbosa, dois fatores foram cruciais para explicar o desempenho das exportações gaúchas em 2023. A recuperação parcial da produção de grãos devido a uma estiagem menos severa e a queda nos preços internacionais das principais commodities agropecuárias foram determinantes para o cenário observado.
Algumas commodities apresentaram aumentos significativos nas exportações, como a soja em grão, farelo de soja e fumo não manufaturado. Por outro lado, celulose, óleo de soja e cereais registraram as maiores quedas. Essas variações refletem tanto fatores internos, como a produção agrícola, quanto fatores externos, como os preços internacionais.
Apesar dos desafios enfrentados em 2023, as exportações gaúchas mantêm-se em patamares relevantes, com potencial para crescimento sustentado no futuro, principalmente com base na recuperação da produção agrícola e na estratégia de diversificação dos produtos exportados.
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