O município de Macaé no Rio de Janeiro é reconhecido como a capital nacional da energia e do petróleo, justamente por sua participação louvável no segmento de energia renovável na matriz energética do município. Dessa vez, a estimativa é que novos investimentos sejam aplicados a fim de expandir a energia eólica offshore no estado do RJ e transformar o estado em um dos principais polos produtores do mundo.
Rio de Janeiro caminha para ser um dos maiores polos de energia eólica offshore do país
A contribuição de Macaé para o cenário da energia renovável se dá por intermédio do secretário adjunto de políticas energéticas, Thiago Rocha Gomes, que participou do evento de apresentação de Mapas de Energia Eólica e Hidrogênio do Estado, no Palácio Guanabara, na última sexta-feira (8). O objetivo do governo do estado do Rio de Janeiro é a discussão com os representantes municipais e entidades, para transformar o Rio de Janeiro em um dos principais polos de geração de energia eólica offshore do país.
O estado do Rio de Janeiro conta atualmente com 9 projetos em fase de aprovação pelo Ibama, a implantação de tais projetos pode gerar mais de 300 mil vagas de empregos, tanto diretos como indiretos. Estima-se que os projetos tem um potencial de atração de investimentos muito grande, nos anos seguintes o valor desses investimentos pode chegar a mais de US$ 885 bilhões.
O governo municipal tem um comprometimento enorme com o segmento de energia renovável, a participação da cidade de Macaé nesse evento indica uma forte sinalização por conta disso. Dos nove projetos de energia eólica offshore já citados, um deles de 2,8 GW se encontra na costa de Macaé, sendo o único município no Brasil que reúne, paralelamente, potencial para energia eólica offshore.
Palco da energia eólica offshore e energia renovável no Brasil
O secretário adjunto de Políticas Energéticas faz um acréscimo em relação à produção de hidrogênio, a mesma se mostra estratégica para o município de Macaé, pois o mesmo se encontra numa posição privilegiada na obtenção de gás natural, além da sinergia com os projetos de energia renovável e energia eólica offshore.
“Estamos em fase de contato com empresas, já existe uma italiana interessada em fazer estudos de eólica offshore em Macaé, além de um projeto de eficiência energética para o município em elaboração. O marco eólico offshore está sendo votado no Senado, portanto, também estamos aguardando a finalização desse processo para sabermos o que pode ser feito”, acrescentou Thiago.
Energia eólica offshore é a mais promissora para o Brasil
As eólicas offshore têm uma vantagem relevante em relação à tecnologia onshore, sendo a qualidade do recurso eólico a principal dentre elas. Além dos fortes ventos, a baixa rugosidade da superfície no ambiente marinho faz ser proporcional a diminuição de turbulências e uma menor variabilidade da velocidade me diferentes alturas, assim favorecendo projetos mais eficientes e de maior vida útil.
O mercado de energia eólica offshore no país tem estado em grande movimento, e de forma bem organizada, segundo estudos da EPE (2020) indicou que o potencial de geração dos ventos offshore no país seria de 697 GW em locais com uma profundidade de até 50 m, o que pode ser o dobro, caso a profundidade seja para 100 m, levando assim o potencial de geração chega até 1000GW.